A reviravolta do Google




Resumo da Semana


MERCADO

Reviravolta

O Google está de volta ao topo mais uma vez. Considerada a principal fonte de tráfego para os sites de notícias, o buscador foi perdendo espaço até o Facebook tomar conta da internet. Ao longo de 2017, o mecanismo de busca se tornou a principal fonte de visualizações de páginas externas dos publishers, de acordo com novos dados da Parse.ly, uma empresa de análise digital. Em janeiro, o Facebook forneceu quase 40% do tráfego externo dos editores; agora esse indicador chega a 26%. E o Google, que começou o ano com 34%, agora entrega 44% do tráfego. Os dados são provenientes de cerca de 2.500 publicadores que usam seu serviço de análise, incluindo o Wall Street Journal, a Time Inc., o Mashable e o Huffington Post. O estudo original pode ser visto aqui.

O tempo passa, a idade pesa

Tanto Vox quanto o BuzzFeed foram considerados meios que representavam a nova mídia. Praticantes do jornalismo unido à tecnologia, viram seus negócios crescerem de forma espantosa. Encontraram fórmulas e modelos, contrataram centenas de profissionais, criaram influenciadores e estabeleceram novos padrões. Tornaram-se empresas e marcas sexy. Esta análise mostra que o engraçado de ser uma empresa de mídia jovem é que, eventualmente, ela precisa se tornar uma organização de mídia madura e responsável. Agora, tanto BuzzFeed quanto Vox lutam para manter o crescimento explosivo que viram em seus períodos nascentes.

Por um novo jornalismo

O Knight Center for Journalism in the Americas traz um apanhado do Simpósio Internacional de Jornalismo Online) que aconteceu na Universidade do Texas em Austin, Estados Unidos. Entre os temas estão as ferramentas do Google para melhorar o jornalismo - em especial os de novos veículos -, novos formatos e diversificação das fontes de receita, inovação e criação de comunidades. A Rede de Jornalistas Internacionais também fala sobre como o jornalismo pode sobreviver na era pós-publicidade.

Não param

As descobertas e declarações sobre a fragilidade de acesso às informações do Facebook depois do escândalo da Cambridge Analytica. Agora, ex-espiões denunciam que estão coletando fotos da mídia social para um banco de dados maciço de reconhecimento facial. A Bloomberg conta a história de como empresas de marketing afiliadas, bastante obscuras, diga-se de passagem, têm minerado a plataforma por cliques duvidosos por anos e fazendo milhões de dólares. Um especial do UOL Tab também fala sobre as questões da privacidade, democracia e alternativas. Para piorar, a mídia social está fazendo uma manobra para não se enquadrar nas regras de privacidade da Europa. Cathy O'Neil, autora de 'Armas de Destruição Matemática', afirma que já é tarde para nos preocuparmos com a disponibilidade de nossos dados, que agora é preciso perguntar o que as empresas fazem com eles.

Na direção contrária

Uma empresa levou ainda mais ao pé da letra aquelas famosas plaquinhas que encontramos com certa frequência em lojas, restaurantes e cafés com os dizeres “não temos wi-fi, conversem entre vocês”. E não se trata de qualquer companhia, mas sim da JD Wetherspoon - uma rede com 900 bares no Reino Unido e na Irlanda. A empresa anunciou que está fechando suas contas do Twitter, Instagram e Facebook para todos os seus pubs e sedes com "efeito imediato". No momento da publicação, as contas já haviam sido excluídas. De acordo com um comunicado oficial, o movimento vem depois da "má publicidade em torno das mídias sociais" e as recentes notícias sobre "o uso indevido de dados pessoais".

$$$ móvel

A publicidade destinada a meios móveis vai captar 33,9% dos investimentos em mídias nos Estados Unidos este ano. O número pode não dizer muita coisa assim de cara, mas ao cruzarmos com outros indicadores, ele espanta. É que, pela primeira vez, a quantia de publicidade em canais móveis vai superar o valor aplicado em TV. As estimativas são do eMarketer.

Chão pra queimar

É inegável o sucesso obtido pelo Netflix. A empresa vem surpreendendo em resultados a cada trimestre em crescimento de receita e aumento do número de assinantes. Há, inclusive, projeções de que a plataforma seja o futuro da indústria de filmes. Mas a empresa ainda tem um longo caminho a percorrer. Mesmo com todo o investimento em séries proprietárias, apenas 20% da audiência assiste aos produtos originais da marca. Os outros 80% estão concentrados em conteúdos licenciados de outros estúdios e produtoras.

O canal de esportes

Em parceria com a ESM Sport Business, a Netshoes criou uma plataforma online de streaming de conteúdos esportivos – campeonatos, eventos – que normalmente não são televisionados. Batizado “TV N Sports”, o canal pode ser acessado no endereço www.netshoes.com.br/tvnsports. Para ver os conteúdos, o internauta realiza um cadastro breve.

Raio-X da indústria de streaming de música

A GlobalWebIndex fez um levantamento do universo de serviços de música que vão muito além do Spotify - que está com os holofotes por conta do IPO. O curioso é que um relatório divulgado pela Nielsen mostra que 93% dos adultos dos EUA com 18 anos ou mais ouvem rádio todas as semanas, mais do que aqueles assistindo à televisão ou usando um smartphone, dispositivo conectado à TV, tablet ou PC.

Meu canal, minhas regras de monetização

Em uma postagem de blog direcionada aos criadores de conteúdo do YouTube intitulada "uma atualização sobre nossas prioridades de 2018", a CEO do YouTube, Susan Wojcicki, disse que a comunidade "continua crescendo a um ritmo saudável e responsável", mas admitiu que ainda há mais trabalho a fazer. Abordando várias questões, incluindo o apoio ao crescimento e sucesso dos criadores de conteúdo, Wojcicki disse que estabelecer novos critérios de elegibilidade para monetizar vídeos do YouTube terá um benefício líquido para as pessoas que estão ganhando dinheiro com o site.

Termos, condições e algoritmos

O Instagram também atualizou os seus termos de serviço para que fiquem padronizados com a nova política de tratamento de dados adotada pelo seu controlador, o Facebook. Além disso, a plataforma de imagens também promoveu alterações no seu modelo de algoritmos para organizar melhor a linha do tempo dos usuários.

Lições do “ao vivo”

A Reuters viu um aumento de 100% no uso de vídeos ao vivo em um ano. E tenta mostrar tudo o que aprendeu sobre este tipo de recurso  para aumentar o engajamento e encontrar novos públicos.

Batalha com Telegram

A Rússia bloqueou cerca de 16 milhões de endereços IP em uma operação maciça contra o aplicativo de mensagens Telegram, que pode abrir um novo precedente para a censura online russa.

Meme e notícias

Conheça a newsletter gratuita que usa memes e gifs para traduzir a agenda política e jurídica do Brasil. Você pode recebê-la de segunda a sexta-feira em seu email.

Pornô, criptomoedas e VR

A Pornhub, a maior editora de conteúdo pornográfico do mundo, acaba de anunciar planos para aceitar a criptomoeda Verge (XVG) como pagamento. Isso é notável por dois motivos. Primeiro, confirma que alguém, em algum lugar, ainda está pagando por pornografia (honestamente, meio que chocante). E, em segundo lugar, poderia prever um futuro em que várias indústrias ligam seus vagões a criptomedas específicas. Em paralelo, a indústria também avança sobre a realidade virtual.

Melhores agências para trabalhar

A Holmes atualizou a lista “As Melhores Agências para Trabalhar” na América do Norte. As empresas são determinadas por uma pesquisa abrangente de funcionários em mais de 50 agências. O processo solicita opiniões dos funcionários sobre uma ampla gama de questões, desde a integridade da alta gerência até a qualidade do desenvolvimento profissional, desde o empoderamento e a assunção de riscos à remuneração. Confira a lista.

A história de Sorrell

The New Yorker traça um perfil completo e mostra a ascensão e queda de Martin Sorrell, do WPP, um dos publicitários mais aclamados e contestados da história do segmento. Enquanto isso, o Mediapost questiona se o grupo pode sobreviver sem a liderança do executivo.

Morto digital

Especial da Super Interessante pergunta o que deve ser feito com as redes sociais de quem morre? Dificilmente pensamos nisso. Pesquisador defende que devemos tratar os restos virtuais da mesma forma que tratamos múmias ou cadáveres - com respeito e dignidade invioláveis.

Perfil do consumidor digital

Logística ágil, oferta e preço competitivo, praticidade na navegação, satisfação na experiência de compra, agilidade, confiabilidade e segurança. Essas são as principais exigências do consumidor que tem o hábito de comprar pelo e-commerce, segundo dados de um estudo realizado pela Atento.


DOWNLOADS

Jornalismo e mídia

O Tech Trends Report for Journalism and Media do Future Today Institute traz análise específica desse mercado no que se refere às tecnologias emergentes e traz sinalizações importantes para a indústria da mídia.

Inteligência de mídia

A Salesforce disponibiliza um paper com as tendências que impactam o modo como os anunciantes digitais valorizam mais os gastos com publicidade, colocam os dados no centro de tudo e medem os resultados com mais eficiência.


ARTIGO

Ferramentas e consultoria de marketing digital: do que eu preciso?

Só quem trabalha com marketing digital sabe o trampo que é escolher as melhores ferramentas para a gestão do seu negócio e dos resultados. Mesmo quando as necessidades e demandas estão claras para a área, e muitas tarefas já foram automatizadas, são tantas ofertas no mercado que fica fácil se perder.


AGENDA

Mídias sociais na prática

Terceiro módulo do Curso Avançado de Marketing e Comunicação Digitais da ESPM, que vai ensinar estratégias de marketing digital para planejar e gerir projetos digitais, com foco em mídias sociais acontece em 26 de maio.

Mundo digital

O ProXXima 2018, que acontece nos dias 08 e 09 de maio, em São Paulo, pretende reunir gestores de marketing e marca, os cases, as experiências e os projetos bem-sucedidos do mundo digital.

Marketing de conteúdo para B2B

Dia 26 o eMarketer apresenta um webinar que traz uma análise do estado atual do marketing de conteúdo, da adoção à efetividade. Além disso, mostra como criar conteúdo de qualidade que seja estratégico, eficiente e inovador e por quais razões o conteúdo deve ser integrado em todos os programas de marketing, publicidade e vendas B2B?