Beleza americana




Resumo da semana


MERCADO - MARKETING E COMUNICAÇÃO DIGITAIS

Beleza americana?

Será mesmo que o Instagram está mudando a nossa forma de ver o mundo? Ou de estilizar o mundo? Artigo do Guardian discute as projeções que fazemos e como isso está relacionado diretamente ao que vimos por meio do aplicativo, todos os dias. Depois da comida, de bairros inteiros, é plausível pensar que nossas vidas, como um todo, também ganharam belos filtros? E seriam eles reais? Especialistas apontam que não estamos preparados para lidar com tecnologias como as mídias sociais. Fato é que, desde que foi comprado pelo Facebook, o Instagram passou a seguir os mesmos passos de sempre trazer algum tipo de novidade para estimular a continuidade do uso e do tempo gasto pelo usuário. E parece, inclusive, ter sido eleito nos últimos meses como “a plataforma” para a gigante de tecnologia. Vieram, então, as perguntinhas (que lembram para os mais velhos os cadernos de perguntas da escola e outras mídias que antecederam o Instagram) e o teste de autenticação. O volume de mudanças e atualizações tem sido tão frenético que a mídia social vem apresentando instabilidade até com certa frequência.

O diabo veste Prada?

Parece uma onda, uma desagradável moda que não passa. Mas que mostra sinal positivo de mudanças importantes de cultura e comportamentos no mundo corporativo. Depois do escândalo de Martin Sorrell no WPP, o conglomerado gigantesco de publicidade apresenta nova baixa. Agora foi a vez do CCO global da Ogilvy, demitido esta semana por mau comportamento, após reclamações dos funcionários. Já um ex-funcionário da Apple (sim, agora ex) passou informações sigilosas sobre um carro autônomo secreto da companhia. E no RH do Uber, outra baixa: a executiva que ocupava a cadeira de chefe do departamento de recursos humanos da companhia teria rejeitado sistematicamente queixas internas de discriminação racial. Não está sendo fácil.

À espera de um milagre

E o Facebook continua em sua busca incessante, quase obsessiva, pela inteligência artificial na tentativa de identificar conteúdos nocivos. Ainda engatinha, devagar, para resolver problemas tão adultos. A plataforma, dizem os analistas, depende cada vez mais de uma tecnologia para conseguir restaurar a civilidade no ambiente social virtual e, de quebra, ainda consertar seus outros problemas de credibilidade. E este investimento anda consumindo rios de dinheiro do bolso de Mark.

Dias de trovão

E falando nisso, houve um tempo (e quem diria) em que os criadores do Facebook só queriam saber mesmo era de sexo, cerveja e programação. Você consegue imaginar isso nos dias de hoje, mesmo com tantas cifras imensas? A Wired recontou essa história.

Todas as cifras do presidente

O YouTube anunciou investimentos de US$ 25 milhões em notícias, parte da iniciativa Google News, que prometeu US$ 300 milhões, em março deste ano, para ajudar o setor. O dinheiro está sendo usado para contratar mais especialistas para apoiar os editores, ajudar estes profissionais a criar suas próprias operações de vídeo e ainda desenvolver um grupo de trabalho para organizações de notícias, com ainda mais recursos.

The Original Movie

A caça ao fake news continua no WhatsApp: a partir desta semana, se alguém te encaminhar uma mensagem, ela virá acompanhada de um selo escrito "encaminhada". Assim, o recebedor saberá se o remetente não é o autor daquela mensagem, tendo apenas passado adiante. É bom lembrar o significado dessa ação: o WhatsApp está instalado em 96% dos smartphones brasileiros. E 98% dos seus usuários acessam o app todo dia ou quase todo dia. Já pensou?

A queda

O Twitter anunciou semana passada (lembra?) que suspendeu mais de 70 milhões de contas falsas de sua plataforma. E, por alguma dessas coincidências, as ações da empresa caíram 9%. A queda resulta em uma diminuição de US$ 3 bilhões para a plataforma, que terminou a semana avaliada em (apenas) US$ 35 bilhões. Parece que os investidores se importam mais com números do que com a efetividade e segurança da rede.

Tempos modernos?

Em 2017, o BuzzFeed perdeu suas metas de receita e, com isso, adiou seu sonho de abrir capital. Será um sinal da indústria de mídia digital lutando contra um ambiente hostil? Não para o CEO e co-fundador, Jonah Peretti, que diz estar mais focado no crescimento do que na lucratividade da plataforma.


AGÊNCIAS

Mulher nota 1.000

O Omnicom Group anunciou uma plataforma de personalização e marketing de precisão baseada em pessoas que apelidou de "Omni". Trata-se de um movimento claro para combater o avanço nestas frentes em relação à aquisição da Acxiom pela Interpublic.


TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO

Invocação do mal

Relatório de duas organizações que lutam pela justiça racial acusou a gigante Amazon de servir como plataforma para a venda de produtos racistas, nazistas e supremacistas. Isto apesar de a empresa ter adotado por conta própria uma política contra todos os artigos que “promovam ou glorifiquem o ódio, a violência, a intolerância racial, sexual ou religiosa, ou promovam organizações com tais opiniões”. Livros, brinquedos e até bodies para bebês estão na lista.

A dica que mudou o jogo

A Oracle está oferecendo um StatPack gratuito com tendências de marketing e consumo para 2018, basta apenas uma inscrição. São mais de 30 páginas com gráficos, estudos e informações estratégicas pra seguir no próximo semestre. Táticas Omnichannel de hoje para pensar lá na frente.

Negócio arriscado

Se as receitas x despesas do Netflix também te fascinam e assustam – assim como ao mercado como um todo -, saiba: a plataforma joga, sim, de forma perigosa. Mas, nem de longe, imprudente: seus tetos de conteúdo e sua curiosa dinâmica de monopolização podem ter, lá na frente, um final bem mais feliz do que se imagina. São cinco anos de crescimento ininterruptos, mesmo com todos os prejuízos aparentes. Mais: games e histórias interativas também estão nos planos de um futuro bem próximo. E não para aí não. Preste atenção ao seu WhatsApp: a plataforma pode te mandar um “alô”, a qualquer momento.

Mar adentro

Já ouviu falar em intraempreendedorismo? Quando iniciativas nascem dentro de empresas já estabelecidas e sólidas, e não necessariamente em startups? O MIT lançou uma espécie de guia esta semana para que as corporações fiquem ainda mais ligadas neste movimento, mais do que necessário, no mercado atual. “Se você não fizer nada, morrerá”, recomenda o texto.


DOWNLOAD

Sindicato dos ladrões

A segunda edição da pesquisa anual sobre roubo de celulares realizada pela Mobile Time, em parceria com Opinion Box, revela um crescimento alarmante da proporção de internautas brasileiros que já tiveram um telefone móvel roubado ou furtado. Em 12 meses, essa proporção subiu 10 pontos percentuais, passando de 39% para 49%. Ou seja, hoje, metade dos internautas brasileiros já teve um celular roubado ou furtado pelo menos uma vez na vida.


ARTIGO

Mentiras e videotape

A onda de notícias falsas só faz aumentar. E a discussão e o movimento sobre o tema ganham relevância. Na Índia pessoas morreram a partir de acusações inverídicas. No Brasil, com a aproximação do pleito, plataformas como o WhatsApp pega fogo. Vale lembrar e fazer uma reflexão para entender melhor que diabos é isso. Há, ainda, que se avaliar o discurso de ódio e o Marco Civil.


AGENDA

Nos bastidores da notícia (digital)

Já está no segundo lote o ingresso para o workshop que apresentará conceitos de inovação e discutirá ameaças e oportunidades trazidas por tecnologias emergentes como interfaces de voz, internet das coisas e inteligência artificial. Será no próximo dia 20, das 9 às 13h, sob o comando de Renato Cruz.

Run, Forrest, run!

Samsung e Escola Politécnica da Universidade de São Paulo recebem só até esta segunda-feira (16) inscrições para o projeto Incentivo ao Empreendedorismo com Uso de Tecnologias Digitais Móveis (Intensivo7), que oferece capacitação gratuita. Informações e inscrições aqui.

No limite do amanhã

A primeira temporada do Startup Show, reality show inédito no Brasil com empreendedores digitais nascentes, já começou. Ao longo de nove semanas, 27 candidatos se apresentarão e competirão pelas nove vagas da semifinal, em outubro. Este “web reality” será exibido pelo canal do Startup Show no YouTube e veiculado pelas redes sociais. As inscrições podem ser feitas no site www.startupshow.com.br, onde as regras e o calendário estão disponíveis até 4 de agosto.


Rapidinhas...

... ou o que andamos lendo!