O lado obscuro das gigantes de tecnologia




MERCADO - MARKETING E COMUNICAÇÃO DIGITAIS

O céu e inferno das gigantes de TI

Não é de hoje que a grande imprensa e os consumidores endeusam algumas marcas do universo de tecnologia. Não só pelos produtos e serviços que desenvolvem, mas pelas promessas cumpridas e marcas construídas e super valorizadas pelos resultados que entregam. Mas a velha dádiva do telhado de vidro continua firme e forte. Especialmente quando olhamos um pouco mais pra dentro delas. As greves dos colaboradores vêm afetando cada vez mais, por exemplo, a Amazon. Em pleno Prime Day - o dia de maior pico de vendas da empresa - funcionários espanhóis pararam. Na sequência, foram os colaboradores da companhia na Alemanha e Polônia. As exigências: más condições de trabalho. Outro amado por entusiastas da tecnologia, que vira e mexe causa polêmicas, é Elon Musk, criador da Tesla e SpaceX. Seus funcionários não andam muito satisfeitos já tem um tempo e há pouco ameaçaram também greve. Trabalhadores do Google protestaram recentemente por conta dos trabalhos realizados pela companhia para as forças armadas americanas. Vale lembrar que as queixas sobre condições de trabalho nestas grandes de tecnologia são antigos e parecem não ter avançado. Afinal, quem não se lembra das histórias da fábrica da Apple na China.

Agora é que são eles!

Independente dos problemas com os funcionários na Europa, parece que o mercado e-commerce norte-americano agora tem um novo dono para chamar de seu: a Amazon está assistindo à concorrência comer poeira. Ainda este ano, a gigante deve beliscar 49,1% do mercado, de acordo com a mais recente previsão da eMarketer sobre os 10 maiores varejistas de comércio eletrônico dos EUA (ano passado, 43,5%). Isso pode representar um controle de 5% do mercado total de varejo dos EUA (on-line e off-line). E já tem gente grande de olho nessa avalanche de crescimento: o The Washington Post anunciou esta semana seu canal no Twitch – que pertence a quem mesmo?

Votão de confiança

É sério e enooooorme: os Parceiros de Medição do Google prometem fornecer medições cada vez mais confiáveis para os anunciantes que desenvolvem suas campanhas on-line com eles. Com o chamado Google Measurement Partners, os anunciantes podem contar com a medição de terceiros para verificar o desempenho de suas campanhas, de acordo com a plataforma. São 23 empresas internacionais de medição que visam melhorar a confiança nas métricas de investimento e ajudar os anunciantes a verificar se seus anúncios são entregues em ambientes seguros para a marca. Os parceiros são verificados em sete diferentes especializações.

Falando nisso...

A Kantar Media lançou o Taxi Complete, uma plataforma para identificar ativos de entretenimento e publicidade em plataformas de distribuição e estabelecer padrões para rastreamento de ativos em vários canais. Assim, ela promete o desenvolvimento de um padrão aberto para vincular identificadores de ativos a publicidade e conteúdo que ajudaria esses identificadores a permanecerem incorporados em todo o ecossistema de distribuição de mídia.

Eu e todo mundo

O pesadelo da privacidade é um dos muitos exemplos de peças de informação aparentemente inócuas e “desidentificadas” que estão sendo submetidas à engenharia reversa para expor as identidades das pessoas. Acredite: os chamados dados "anônimos" podem ser facilmente usados para identificar tudo, desde nossos registros médicos até históricos de compras.

Tá atrasado

Ainda está falando, tentando entender os influenciadores? Relaxe e mude a página: agora é a vez dos “creators”. Recentes e desagradáveis acontecimentos envolvendo essa modalidade de comunicação trouxeram novas dúvidas e questionamentos para o centro das discussões. O Grupo RBS, inclusive, promoveu um encontro recente para debater essa relação aparentemente desgastada – e que precisa de alguns ajustes bem importantes. Será que o negócio agora não seria apostar em gente como a gente?

Busca e leveza

Com a expansão do modelo de busca por múltiplos formatos, há uma especulação sobre a valorização do Pinterest como uma plataforma relevante. E, por falar nele, com 75% das novas contas vindo de fora dos Estados Unidos – assim como a maior parte da base de usuários –, começou no ano passado a transformar seu site mobile em um Progressive Web App (PWA), um híbrido entre página web e app de celular, para tornar a plataforma mais acessível globalmente.

Jornalismo com futuro?

Dois pesquisadores garantem que a resposta é sim. Per Westergaard é um antigo editor-chefe e CEO de uma série de títulos regionais, nacionais e digitais dinamarqueses. Søren Schultz Jørgensen trabalhou como jornalista e editor em vários meios de comunicação dinamarqueses durante os últimos 20 anos. E eles acreditam que a saída pode existir, contrariando muita gente:  a crise do jornalismo e da mídia legada, segundo eles, é estrutural, e não apenas uma questão de desafios tecnológicos ou modelos de negócios quebrados.

Os devidos cuidados

O WhatsApp, propriedade do Facebook, está fazendo mudanças que esperam reduzir drasticamente a capacidade dos usuários de espalhar notícias falsas por meio de seu serviço de mensagens sociais, dificultando o encaminhamento de mensagens para grupos muito grandes. O gigante das redes sociais enfrenta críticas intensas pelo papel que suas ferramentas populares têm desempenhado na amplificação da violência - especialmente em Mianmar e na Índia.

Mais que amendoim

Marketing digital merece um peso maior na estratégia das empresas. A Latam, por exemplo, elegeu o digital como sua principal plataforma de comunicação – e que recebe mais de 80% do investimento anual da companhia. Os executivos estão convencidos que direcionar atenções e verba para o setor pode trazer mais transparência e levar até o “empoderamento” do passageiro.

Para não virar amendoim

Marcos Haaland foi anunciado esta semana como o novo CEO do Grupo Abril. O então presidente, Arnaldo Figueiredo Tibyriça, deixou o cargo que foi parar nas mãos de uma consultoria. Haaland é diretor geral da consultora Alvarez & Marsal, contratada pelo grupo de mídia para consolidar uma nova gestão, sem a presença da família Civita. Com a mudança, Giancarlo Civita volta a se dedicar exclusivamente à função de membro permanente do conselho editorial, junto com Victor Civita Neto.


AGÊNCIAS

Ooops, i did it again!

Depois de ter sua concorrência cancelada por suspeita de vazamento de informações, o Banco do Brasil causou uma nova polêmica em sua licitação para a escolha das quatro agências de publicidade que cuidarão de sua comunicação. A Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) entrou esta semana com um pedido de impugnação do processo que definirá as agências que administrarão, nada mais, nada menos, a bolada anual de R$ 500 milhões de investimentos em publicidade. Outro edital que voltou à tona, após dez meses suspenso, é o da Prefeitura de São Paulo, que busca por uma agência digital. Foi reaberto e prevê verba de R$ 6,8 milhões em um contrato de 12 meses.

RP: como a área foi abordada no Cannes Lions

Categoria 'Public Relations' destacou peças criativas desenhadas como earned first, alinhadas com a essência da marca e que tenham obtido resultados expressivos.


TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO

20 pontos na carteira

Excesso de velocidade ou de posição dominante? O Google está prestes a tomar uma multa histórica, aplicada pela Comissão Europeia. O motivo? Abuso de posição dominante por meio do Android, o sistema operacional móvel usado por praticamente todos os fabricantes, exceto a Apple. A empresa de tecnologia exige que as marcas que usam esse sistema venham com seus aplicativos instalados de fábrica, como o mecanismo de pesquisa do Google ou o navegador Chrome. A brincadeira pode custar aos bolsos da gigante cerca de 4 bilhões de euros. Há quem aposte que a Samsung possa se dar bem nessa.

Cuidado com a blitz!

E não são só os grandes que estão sujeitos a multas salgadas: dois diretores de pubs e estabelecimentos licenciados foram condenados a pagar para a Sky quase 330 mil libras esta semana pelo uso ilegal de transmissões da operadora de TV, na Inglaterra. A acusação foi trazida pela organização de proteção à propriedade intelectual FACT. Tá achando pouco? A companhia diz que ampliará a fiscalização por lá, acompanhando quem acreditam estar exibindo seu conteúdo sem a devida autorização.

Filme repetido

Semana passada, até comentamos aqui sobre o alto executivo da Netflix que falava em preferir desenvolvimento do que ficar no azul, certo? (Não lembra? Volta aqui, ó). Pois é: aparentemente, quem não está gostando nada desse papo são os investidores da plataforma, que andam reclamando (e muito) sobre o crescimento lento da companhia. Já puniram a Netflix duramente e a avaliação da empresa caiu drasticamente em Wall Street. Com uma queda de mais de 14%, a gigante do vídeo perdeu cerca de US $ 24,2 bilhões em capitalização de mercado. A empresa frustrou as expectativas de muita gente por aí.

Disfarçando...

Enquanto isso, a plataforma não parece muito preocupada com as gongadas e está mudando a interface de navegação para seus usuários.

Aquele PC encostado

O estudo The New Digital Divide – Transformação Digital no Ambiente de Trabalho, realizado pela Unisys avaliou a importância do uso atual e futuro de recursos digitais no ambiente de trabalho no Brasil e em 11 outros países. E segundo ele, a chave para manter os profissionais de hoje produtivos e motivados em relação às suas funções e outros aspectos é garantir a eles tecnologias mais atualizadas. Especialmente falando daqui, brasileiros que trabalham com plataformas obsoletas se sentem menos produtivos, são 100 vezes mais propensos a se frustrarem com suas empresas e muito mais propensos a querer trabalhar em outro lugar.

Cérebro e corpitcho

Que a tecnologia pode ajudar a elevar ao máximo a performance dos atletas, muita gente já sabe (e muitos clubes usam). Entre as empresas que têm aprimorado essas técnicas, inclua também as do Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, que utilizam técnicas de biotecnologia e de neurociências para criar ferramentas que aumentam a performance física e cognitiva de atletas. A DGLab, por exemplo, faz o mapeamento genético do atleta, por meio de teste de DNA, o que ajuda a descobrir como aliar os melhores treinos e os melhores alimentos, de acordo com as respostas do seu organismo. O Supera engloba 74 empresas instaladas no parque, sendo 52 delas na Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica, mais 15 empreendimentos no Centro de Negócios e sete na aceleradora SEVNA Startups. Vale a pena conhecer.


DOWNLOADS

Pode ajudar

O Guia de SEO da ABRADI-SP apresenta caminhos estratégicos para se dominar a busca orgânica. O documento foi produzido por especialistas no assunto e é focado no desenvolvimento do mercado no Brasil. Dá pra baixar aqui preenchendo um formulário.

Panorama

A Accenture lançou um estudo do ecossistema brasileiro voltado ao mercado de startups.


ARTIGO

Mas... será?

Apesar de a Amazon estar se agigantando num horizonte aparentemente distante, tem gente que defende que “você não deve dar seu dinheiro a Jeff Bezos”. E até argumenta sobre.


AGENDA

For dummies (e não tem nenhum problema nisso)

No próximo dia 25 de julho, Fábio Tadashi comanda um workshop de programação. Prático, ele promete ensinar como criar códigos que respondam aos gestos dos usuários. E vale também para quem nunca teve contato com o tema: conceitos básicos de Java para Android também estão no programa. Para inscrições, corre aqui.

Digital R_Evolution

Sandra Turchi tá de curso novo. O projeto “Digital R_Evolution” acontecerá na ESPM no início de agosto. Segundo a própria idealizadora, será um mix de aulas, palestras e debate com a participação de profissionais experts em suas áreas, tratando sobre temas como: Inteligência Artificial, Big Data, Realidade Aumentada, Novo Mindset, Gestão com propósito, IoT, entre outros que permeiam o mundo dos negócios e a vida dos profissionais de hoje. Infos, valores e inscrições aqui mesmo.

Faça certinho, vai!

A ecommerceCAMP e a consultora Helena Sordili aplicam no próximo dia 31 de julho o workshop “Conceito de Mídias Sociais para empreendedores”. O curso foi criado para atender às necessidades de quem tem interesse em divulgar seus produtos, conhecimento ou serviços na internet. Aquele conteúdo básico, porém, necessário para garantir a performance desejada. Inscrições, informações e tudo mais aqui.

Notícia de mentira, curso de verdade

O projeto Comprova disponibilizou um curso gratuito sobre checagem de conteúdo na internet. O treinamento dura uma hora e foi elaborado pela First Draft, organização ligada à Universidade Harvard. Quem se interessar por aprender mais sobre técnicas de identificação de conteúdo falso, pode acessar o site www.firstdraftnews.org/learn e clicar no idioma “Brazilian Portuguese”.


Rapidinhas...

… ou o que andamos lendo!