Rumo ao próximo trilhão de US$




Resumo da semana


MERCADO - MARKETING E COMUNICAÇÃO DIGITAIS

Recorde

A Apple se tornou a primeira empresa americana a ultrapassar a marca de um trilhão de dólares (US$ 1 trilhão) em valor de mercado. A Amazon aparece na segunda posição com US$ 884,01 bilhões e Alphabet (dona do Google) na sequência com US$ 854,86 billion. É um momento em grande parte simbólico, porque nem mesmo ícones do capitalismo industrial atingiram este valor (via NYT), mas também porque convida a refletir sobre o que a Apple tem sido no passado e para onde ela poderia estar indo. Foi o que fez reportagem especial da Fast Company. IPhones novos e caros e IPads foram grandes responsáveis pela gigantesca valorização da companhia ao longo dos últimos anos, mas há quem diga que Tim Cook, que assumiu a empresa com a morte de Steve Jobs, também tem importante papel nesta evolução (mais de 60% do crescimento de mercado da Apple aconteceu desde que ele se tornou CEO em 2011), como mostra o Recode.

Ah, vá. Não diga!

O Facebook identificou um novo  esforço contínuo para influenciar as eleições intermediárias dos EUA, usando contas e páginas não autênticas na rede social. "Ainda estamos nos estágios iniciais de nossa investigação e não temos todos os fatos - incluindo quem pode estar por trás disso", disse o Facebook em post em seu blog (via AdAge). Em razão dos escândalos, a plataforma anunciou também a eliminação de 32 páginas e perfis antes das eleições legislativas nos EUA (via El País). A inversão de papéis vem se mostrando interessante. De vigilantes a vigiadas, as grandes de tecnologia passaram a sofrer pressões de todos os lados e a serem observadas de perto política e financeiramente, como explica análise do NiemanLab traduzido pelo Poder360. Em entrevista ao HuffPost Brasil, Viktor Chagas, organizador do Museu de Memes e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), reflete sobre a influência de virais, memes e fake news no debate público brasileiro. Relatório do Instituto de Internet da Universidade de Oxford, mapeou iniciativas do que chamou de “manipulação do debate público” em todo o mundo. Entre 2010 e 2018,  foram encontradas campanhas para influenciar cidadãos em polêmicas políticas e eleições em 48 países (via Estado de Minas).

Turbinada no “zap”

Depois de lançar o WhatsApp Business App, aplicação simples para pequenos negócios, e realizar testes com grandes empresas, a plataforma recebe uma versão mais turbinada para auxiliar no atendimento ao cliente de grandes empresas. Como conta o Meio & Mensagem, a Take, empresa focada em soluções para mensagens e parceira de empresas como Microsoft, Amazon e IBM, trabalhará para implementar soluções de atendimento ao cliente no aplicativo no Brasil. Outra novidade é que as marcas poderão fazer anúncios em meio aos Stories dos contatos dos usuários comuns (via CanalTech). A partir de agora também os usuários da ferramenta podem realizar chamadas de voz e de vídeo em grupos de até quatro pessoas simultaneamente. Para tanto, basta ligar para alguém pelo aplicativo e depois apertar o botão “adicionar participante”, escolhendo mais ou um dois contatos para entrar na conversa (via Mobile Time).

Mercadão

O Google planeja lançar uma versão censurada de seu mecanismo de busca na China, colocando em lista proibida sites e termos de pesquisa sobre direitos humanos, democracia, religião e protestos pacíficos. O projeto foi batizado de Dragonfly - que significa Libélula (via The Intercept).

Papel é coisa do passado

A MediaRadar anunciou uma queda de 13% nos anúncios publicitários impressos entre janeiro e abril de 2018. Mas os dados podem ser ainda mais cruéis. Segundo reportagem do MediaPost, o Pew Research Center informou que o número de funcionários de redações sofreu um impacto similarmente devastador na última década. De acordo com o novo estudo, o emprego na redação caiu 23% entre 2008 e 2017. Eram 114 mil funcionários nas redações há dez anos, incluindo repórteres, editores, fotógrafos e cinegrafistas. No ano passado, esse número caiu para cerca de 88.000, uma perda de cerca de 27.000 postos de trabalho. E movimento do mercado mostram as reformulações. A Condé Nast anunciou que vai explorar a venda de três dos seus títulos: Brides, Golf Digest e talvez o mais surpreendente, W. O anúncio segue uma análise do Boston Consulting Group, que passou meses revisando as negociações e opções da empresa (via MediaPost).

Verdadeiro ou falso?

O G1 lançou o Fato ou Fake, novo serviço de checagem de conteúdos suspeitos. A proposta é identificar as mensagens que causam desconfiança e esclarecer o que é real e o que é falso. Apuração será feita em conjunto por jornalistas de G1, O Globo, Extra, Época, Valor, CBN, GloboNews e TV Globo. Discursos de políticos também serão conferidos.

Carência?

"Oi" continua a ser a principal mensagem enviada pelas pessoas aos bots. Ao processar mais de 20 bilhões de mensagens de chat no ano passado, a Chatbot Magazine analisou as principais mensagens que os usuários enviam para os chatbots do Facebook.

Amor não tem idade

Em entrevista ao Recode, Mandy Ginsberg, CEO do Match Group, fala sobre como sua empresa se tornou dominante no namoro online. Possui sites e aplicativos como Match.com, Tinder e OKCupid e está se preparando para a batalha com o Facebook, que anunciou recentemente que também entrará no espaço de encontros. E ressalta: "Não podemos ter o que aconteceu com outras marcas na nossa marca, que é como, meu irmão mais velho usa isso. Meu pai usa isso. Minha mãe usa isso”.

Menos é mais na personalização

A Reuters está adotando uma abordagem menos-é-mais para seu novo aplicativo. Os usuários podem personalizar seu feed em até cinco mil tópicos diferentes, incluindo países, mercados e pessoas. Cada artigo é exibido em um feed baseado em cartão com breves resumos escritos para que os usuários possam obter a essência sem ter lido o post inteiro, e o aplicativo se adaptará aos usuários ao longo do tempo, enviando alertas de push no momento do dia em que eles mostre uma vontade de lê-los, por exemplo (via Digiday).

Megafone teenager

Ver debates honestos e produtivos nas mídias sociais é cada vez mais raro. As plataformas estão cheias de trolls, perfis falsos e gente sem paciência ou apenas grosseira. Adolescentes que estão procurando falar sobre grandes problemas enfrentam frustrações adicionais, como o fato de que a maioria dos adultos nessas plataformas não os leva a sério. A alternativa foi usar o Instagram. E eles vêm aproveitando as chamadas contas de “flop” - páginas coletivamente gerenciadas por vários adolescentes, muitos deles dedicados a discussões de tópicos de grande relevância: controle de armas, aborto, imigração, presidente Donald Trump, questões LGBTQ, usuários do YouTube, quebra notícias, memes virais. É o que conta o especial The Atlantic.

Limpa

O universo de influenciadores anda bastante agitado. Não só pelas críticas sobre personalidades preconceituosas, mas também porque as plataformas apertaram um pouco mais o cerco caçando perfis falsos. O resultado desta “limpeza” pode ser vista nos resultados do estudo Mídias Sociais 360º (#MS360FAAP) desenvolvido pelo Núcleo de Inovação em Mídia Digital (NiMD) da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado), em parceria com a Socialbakers. A categoria de celebridades perdeu cerca de 4 milhões de seguidores no período (via Meio & Mensagem).

Processo

A 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em decisão unânime, confirmou sentença da primeira instância, e manteve indenização por danos morais de R$ 10 mil, a ser paga por um usuário indignado com um posto de gasolina de Teresópolis. Ele abriu uma “campanha” de postagens nas redes sociais, acusando a empresa de fornecer combustível com bomba adulterada (via Jota).

Ajudinha por culpa?

Fundo de Chamath Palihapitiya, ex-vice-presidente do Facebook que, inclusive, atacou bastante a plataforma desde que saiu de lá, usará software e aprendizado de máquina, não intuição, para escolher empresas brasileiras e oferecer aportes que chegam a US$ 250 mil (via PEGN).


AGÊNCIAS

Retorno

Oito anos depois de Alex Bogusky deixar sua agência criativa, Crispin Porter + Bogusky, planeja voltar para a empresa, como conta o Ad Age. Ele atuará como engenheiro-chefe da criação, liderando a direção criativa, inovação, estratégia e novos talentos.

Mais uma aquisição

A Publicis Communications anunciou a aquisição da agência brasileira One Digital, que estará alinhada com a rede de hub criativa do Groupe no país ao lado da Publicis Brasil, da DPZ & T, da Talent Marcel, da Leo Burnett Tailor Made e de outras agências (via MediaPost).


TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO

Liderança

A Netflix já é a maior empresa de TV paga do país em número de assinantes, informa o canal Notícias da TV. Vai fechar o ano com cerca de 10 milhões de clientes no Brasil, seu segundo maior mercado global, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo estudo da consultoria Ampere Analysis, já tem mais assinantes do que a Net e a Sky, as duas maiores operadoras de TV por assinatura no país. De acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a Net e a Claro TV têm juntas 8,9 milhões de assinantes; a Sky, 5,2 milhões.

Dados são o novo bacon

Na busca por aprimorar o atendimento e a experiência de consumo em seus restaurantes no país, o McDonald’s desenvolve um projeto de lojas hiperconectadas para obter dados de consumo em tempo real (via Uol Ad Lab).


DOWNLOADS

Guia para empresas de mídia

As editoras experientes sabem que precisam investir em canais novos e emergentes e evitar os formatos e as propriedades que as fazem perder dinheiro. Mas fazer os editores acompanhar o ritmo das mudanças em um setor que muda tão rapidamente é um desafio. O guia da Oracle com o DigiDay pode ajudar.

Tendências sobre vídeo

Study Tour 2018 é um projeto do YOUPIX com oferecimento do Meio & Mensagem e Bradesco que pelo segundo ano levou um grupo de executivos para 6 dias de visitas a grandes empresas do entretenimento e conteúdo digital com sede em Los Angeles como FOX Studios, Musical.ly, Vice, entre outras.


Rapidinhas...

… ou o que andamos lendo!