Novos filtros da liberdade de expressão




MERCADO - MARKETING E COMUNICAÇÃO DIGITAIS

Novos filtros da liberdade de expressão

Facebook, Apple, Google e Twitter eliminaram os perfis oficiais de direitistas conservadores nos Estados Unidos sob alegações de violações de regras e pressão, por mais equilíbrio no debate político para combater a proliferação de notícias falsas. O El País questiona se isso é uma boa notícia, especialmente por apresentar o poder das grandes companhias de tecnologia em impor limites à expressão. Especial da The Atlantic aborda o fato de estas plataformas serem consideradas veículos de comunicação ou editores. O NiemanLab demonstra revelações constrangedoras de Campbell Brown, chefe global de novas parcerias do Facebook, sobre a relação da plataforma com as companhias de mídia e sobre o que pode ser feito para favorecer a democracia (via Poder360). Donald Trump ameaçou as empresas de mídia social, dizendo que estariam suspendendo contas de uma maneira "totalmente discriminatória" contra os conservadores (via Valor). O tema anda bastante sensível. A Quorum Analytics, empresa de pesquisa de assuntos públicos, analisou o conteúdo de comunicados à imprensa, boletins informativos, postagens de mídia social e depoimentos de membros do Congresso dos Estados Unidos na última década e descobriu que eles falam sobre tecnologia muito mais do que outros setores da economia. Isso incluía finanças, automóveis, varejo, transporte - até mesmo assistência médica. O Facebook, como sempre, é o principal alvo (via eMarketer).

O nosso GDPR

Em debate no Brasil desde 2010, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (documento aqui via Poder360), ou LGPD, foi sancionada no Brasil pelo presidente Michel Temer. O país segue o exemplo do que aconteceu com a Europa, que reviu suas regulamentações de uso de dados depois dos recentes escândalos envolvendo Facebook, que culminou com o GDPR (General Data Protection Regulation). Em resumo, cidadãos poderão saber e terão de ser informados (via Folha de S.Paulo) como as empresas coletam, armazenam, por quanto tempo guardam e com quem compartilham os dados pessoais. Segundo o Meio & Mensagem, trata-se de uma mudança que vai causar impacto no mercado publicitário, tema também tratado pelo PropMark, mas é positiva porque proporciona respeito ao consumidor e segurança jurídica para as empresas. De cara, a lei deve criar ônus para o marketing digital mas, no longo prazo, gerar diferencial competitivo para quem estiver em conformidade mais rapidamente (via CIO). Vale ressaltar que a criação de órgão regulador para monitorar e fiscalizar a implantação da lei foi vetada. Houve também quem colocasse o projeto em xeque por conta da ameaça do acesso à informação (via Poder360).

Fundo do poço

Depois de anunciar cerca de 800 demissões e o encerramento de uma dezena de títulos, o Grupo Abril decidiu pedir recuperação judicial (via G1). O escritório Mange Advogados, responsável pelo processo, acredita num prazo de 180 dias para a empresa não ser executada, enquanto a dívida é renegociada com credores. De acordo com comunicado oficial da editora, a iniciativa “se deve à necessidade do grupo em buscar proteção judicial para a repactuação de seu passivo junto a bancos e fornecedores e, dessa forma, garantir sua continuidade operacional”. O Meio & Mensagem traz uma cronologia da derrocada do Grupo Abril ao longo dos últimos anos, enquanto profissionais que passaram pela editora falam sobre a falta de confiança e diversidade como causas para a grave situação da companhia (via Nexo Jornal).

Aposta no VOD

O Grupo Record anunciou o lançamento de sua plataforma de streaming e vídeo on demand (VOD). Além da grande das emissoras Record TV e Record News, o serviço PayPlus conta com conteúdos de canais de peso como ESPN, PlayKids, SuperToons e FishTV. No ambiente haverá também programação das rádios Energia 97, 98 FM, Sociedade, Transamérica, bem como uma série de podcasts.A plataforma estará disponível via site e sistemas iOS e Android, em versão gratuita ou por assinatura de R$ 12,90. Há ainda pacotes adicionais para quem é assinante.

Futuro da EBC

A capa da revista Época traz “Como os governos Lula, Dilma e Temer torraram R$ 6 bilhões no devaneio de criar a BBC brasileira” e apresenta as propostas dos presidenciáveis para a EBC. A reportagem foi duramente criticada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação.

Mais uma à venda?

Editora da revista New York, Vulture e The Cut vem pensando na consolidação. A empresa de mídia New York Media, está cogitando diversas possibilidades que incluem uma possível venda de suas operações (via The Wall Street Journal). Na mesma onda de tentar se reorganizar e na busca por lucratividade, a Conde Nast reduzirá a receita de anúncios para 50%, concentrando-se no vídeo (via Publisher Insider).

Força tarefa

Em uma iniciativa inédita, mais de 300 publicações aderiram à proposta do The Boston Globe para bater de frente aos constantes insultos do presidente norte-americano Donald Trump (via El País), que acusa a imprensa de ser inimiga do povo e propagar notícias falsas (via G1).

Prêmio de jornalismo...

A 99, empresa de mobilidade da chinesa DiDi Chuxing, lançou o Prêmio 99 de Jornalismo. O projeto faz parte de parceria com o COM+, grupo de pesquisa da Escola de Comunicação e Artes da USP. Serão premiadas reportagens sobre uso de tecnologias para melhorar e inovar a mobilidade urbana e a vida nas cidades, além de matérias que mostrem cidades para pessoas e suas histórias. Os prêmios vão de R$ 5 mil a R$ 15 mil. As inscrições terminam em 30 de setembro.

… e de influência

Em 12 de setembro, serão conhecidos os vencedores da primeira edição do Prêmio Influency.me. Iniciativa do Comunique-se (que possui evento semelhante para jornalistas), o novo projeto pretende valorizar quem consegue engajar milhares - e milhões - de pessoas por meio de conteúdo relevante produzido originalmente por meio de plataformas online. Serão 16 categorias e haverá 48 finalistas na disputa (três em cada divisão). O público poderá compor o júri online da última fase de votação da disputa.

Torturadores nas mídias sociais?

Pesquisadores apontam que comportamentos individuais isolados são inofensivos, mas podem ser perigosos quando repetidos por muitas pessoas. A questão pesa bastante e tem grande impacto quando falamos de mídias sociais (via Folha de S.Paulo).

Na torcida

A plataforma de Zuckerberg adquiriu os direitos de transmissão de jogos da Liga dos Campeões em territórios latino-americanos de língua espanhola durante o ciclo de 2018-21. O Facebook garantiu os direitos exclusivos de acesso aberto a 32 partidas ao vivo em cada temporada, incluindo a final e a Supercopa da UEFA (via Finanz Nachrichten).

Números falsos 1

O Facebook está sendo processado sob a acusação de enganar os anunciantes, inflacionando o número de pessoas que seus anúncios poderiam alcançar. "Com base na pesquisa disponível publicamente e na análise dos queixosos, o Facebook exagera o alcance potencial de seus anúncios", alega Danielle Singer, autora de  ação coletiva apresentada na Corte do Distrito Norte da Califórnia (via MediaPost). O HubSpot também criou um especial para falar sobre o declínio do alcance orgânico do Facebook.

Números falsos 2

O YouTube vem tentando combater também a inflação de números. Neste caso, entretanto, o problema está entre os usuários, que compram bots para aumentar o volume de visualizações de seus conteúdos para ampliar as chances de venderem publicidade (via Business Insider).

Foto falsa

A equipe de mídias sociais da marca Samsung foi pega no pulo. Um usuário (@feliperas) questionou uma imagem de divulgação do Galaxy A8. Segundo ele, a foto não foi tirada com o aparelho da marca e era do banco de imagens Getty Images. Confrontou, então, o conteúdo e a resposta da marca insistia que a foto havia sido feita com o aparelho Samsung. Depois da confusão, a empresa apagou o tweet e se pronunciou oficialmente alegando que utiliza algumas imagens de banco que estejam alinhadas com campanhas de marketing de produtos (via B9).


TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO

Comandos falsos

Reportagem especial da Associated Press (AP) mostra que muitos dos serviços que o Google oferece aos usuários de Android e iPhone não param de registrar sua localização mesmo quando o recurso é desativado. Legisladores ameaçam punir a companhia.

Nova batalha

Depois de comprar brigas pesadas como a que travou com a indústria automobilística, Elon Musk está em mais uma confusão. Ao anunciar em seu Twitter a intenção de fechar o capital da Tesla, pode ter infringido a lei de valores mobiliários exige que as empresas públicas tornem públicos certos tipos de informações para todos os seus acionistas ao mesmo tempo. A empresa foi intimada pela SEC - US Securities and Exchange Commission - semelhante à Comissão de Valores Mobiliários no Brasil (via Wired).

À procura de receita

Na tentativa de encontrar outras formas de geração de receita para além do modelo puro de venda de assinatura, a Netflix está testando promos de vídeo que aparecem entre os episódios. O recurso parece não ter agradado muito aos usuários (via The Verge).

Em busca do som das cifras

Uma história construída sob perdas financeiras e erros, como a forma do IPO, colocam questões sobre o futuro do Spotify. A Fast Company produziu um especial para mostrar os caminhos que a empresa vem trilhando para superar seus competidores e encontrar o ponto de equilíbrio.

Atualização do sistema

Depois de enfrentar graves problemas de saúde, Gilberto Gil surpreendeu aos fãs e lançou, esta semana, seu novo (e belíssimo) álbum. Batizado de “OK OK OK”, o disco traz arranjos incríveis e parcerias sob medida com artistas como João Donato e Roberta Sá. Mas uma surpresa, em especial, chamou a atenção: o baiano de 76 anos apertou o “botão de atualização” e lançou “Pela Internet 2”, continuação em reggae de um sucesso de 1998, do álbum “Quanta Gente Veio Ver”, que contava “novidades e maravilhas” da rede mundial de computadores, que ainda se estabelecia no Brasil - virou até comercial de banco na TV. Mais crítico e antenado dessa vez, vale a pena ouvir a poesia e tecnologia juntas - uma proeza que talvez só um gênio seja mesmo capaz de produzir. Dá para conferir no Spotify ou ainda no site do cantor.

Mais espaço e startups

Uma das primeiras iniciativas nacionais corporativas a se aproximar do empreendedorismo tecnológico, o Cubo, hub do Itaú, comemora três anos com a inauguração de um novo e maior espaço, com 14 andares e área total de mais de 20 mil m² na região da Vila Olímpia, zona sul de São Paulo (SP). O local passa a receber mais de duas mil pessoas diariamente para gerar negócios com as mais de 250 startups em seu portfólio.


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Política e mídias sociais

Para mostrar como conduzir uma campanha eleitoral no mundo digital, o time do Scup preparou um “Guia definitivo para campanhas políticas nas redes sociais”.


ARTIGO

O homem é a mensagem

É chegada a hora de um novo PR, human to human, que engaja marcas e consumidores através do personal branding. Este é o tema do artigo de Luis Claudio Allan para o Meio & Mensagem.


Rapidinhas...

... ou o que andamos lendo!