Mídias sociais como armas de guerrilha




MERCADO - MARKETING E COMUNICAÇÃO DIGITAIS

Como mídias sociais se transformaram em arma

Vários acontecimentos dos últimos anos vêm colocando todos os holofotes sobre as mídias digitais. Hegemonia, monopólio, armazenamento de dados, entre outras dezenas de problemas, são apontados. Soma-se a tudo isso os bots, trolls, notícias falsas. E como as plataformas estão se transformando em armas de guerrilha em várias frentes. É o que mostra o especial da Vox sobre o tema. No embate eleitoral brasileiro, tudo isso se mistura um pouco. Há um certo clima de guerra no ar, inclusive, com alegações (via El País) de que o ultra-direitista, Steve Banon, responsável pela campanha digital de Donald Trump nos Estados Unidos, esteja por trás das táticas de Jair Bolsonaro (via Nexo Jornal). Rafael Azzi explica os efeitos dessa iniciativa. Outra guerra política está sendo travada via WhatsApp e o jornalismo não está dando conta disso. Já há também uma planilha, organizada pela Abraji, para demonstrar os ataques físicos promovidos por intolerância política.

Canal direto com o seu voto

O Facebook lançou o Portal do Cidadão, uma ferramenta para ajudar as pessoas a facilmente encontrar, seguir e entrar em contato com seus representantes eleitos e agências governamentais. A ideia é aproximar políticos e organizações que atendem suas comunidades. Ele permitirá às pessoas entrar em contato com autoridades municipais, estaduais e federais, além de descobrir e engajar com entidades de serviços locais, como por exemplo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) ou a Polícia Civil. A ferramenta mostrará tanto os representantes atuais como os representantes eleitos. As pessoas também poderão ver um Feed só com aquilo que seu governo está publicando no Facebook.

Vai entender…

Um top feminino para a prática esportiva divulgado pela marca Reebok foi retirado do ar. Vídeos de cunho "político" na Nike, em que só se viam tênis, também. Onde o Facebook vem errando (e feio!) em seus critérios e protocolos, removendo conteúdos de real interesse de seu público e, de certa forma, prejudicando as estratégias comerciais das grandes marcas norte-americanas?

Downloading 2019

Conheça 11 atualizações do Facebook que você precisa saber para trabalhar bem e preparar estratégias a partir da plataforma no próximo ano (via SocialMediaToday). Enquanto isso, o Instagram criar seus recursos numa tentativa de limitar o bullying (via Folha de S. Paulo).

Monopólio à trois

Os três principais serviços de vídeo OTT da atualidade - Amazon Prime Video, Hulu e Netflix - têm a maciça participação de mercado americano, com 91% dos assinantes recebendo pelo menos um desses serviços, de acordo com pesquisa da Parks Associates. Também querendo surfar na onda, o Walmart assinou uma parceria com a MGM para prover conteúdo de VOD.

Falando em monopólio…

Não é só em número de assinantes que a Netflix ocupa um enorme espaço: no tráfego mundial de dados de internet, idem. Cerca de 15% de todo o tráfego global é deles - à noite, nos Estados Unidos, esse número pode bater a casa dos 40%. A Sandvine, responsável pelo relatório, aponta que todas as outras redes sociais, juntas, não chegam a 5% do total de dados.

Vai ter que rebolar

E enquanto se fala em VOD como tendência, o "cabo" vem tentando soluções urgentes, não só para economizar como para proporcionar economia também aos seus assinantes - e, claro, evitar a fuga completa de clientes. A Sky, por exemplo, precisou redesenhar sua estrutura para não deixá-los migrar de uma vez por todas. Sebastian Hauptmann, vice-presidente executivo de operações da Sky alemã, contou sobre os esforços da empresa para fazer a economia circular e garantir a satisfação dos clientes.

Temos um vencedor?

Não dá pra dizer que ninguém avisou: a eMarketer alerta que os gastos com anúncios em vídeo só nos EUA estão cotados para crescer quase 30%, para US$ 27,82 bilhões em 2018, num ano realmente significativo para a publicidade em vídeo digital. O Facebook capturou quase um quarto desses valores, inclusive.

De graça

O novo serviço de vídeo digital da Apple vai misturar seu próprio conteúdo original com serviços de assinatura de empresas de TV estabelecidas. Mas a companhia pretende lançar novo produto de vídeo que seria gratuito para os proprietários de dispositivos da Apple (via Broadbandtvnews). Outra boa notícia é que a Apple registrou 93% a mais de receita do que o GooglePlay em download de aplicativos (via MobileTime).

Na era dos distraídos

Calma, querido publicitário: há solução para o seu drama atual! Um novo relatório da Viant, chamado TV Viewability na Era do espectador distraído, mergulha nos desafios enfrentados pela publicidade televisiva em 2018 - desde a distração da segunda tela até o DVR e a ascensão do OTT - e tenta dar os caminhos para uma estratégia mais eficaz entre os dispositivos que pode ajudar os profissionais de marketing.

Dividida

O Newsweek Media Group se dividiu oficialmente em duas empresas separadas - Newsweek e IBT Media - depois de anunciar planos no mês passado. A Newsweek será de propriedade de Jonathan Davis e Dev Pragad. A empresa consistirá das versões impressa e digital dos EUA da revista, das edições internacionais na EMEA e da Ásia e no site da publicação Newsweek.com. Johnathan Davis e Etienne Uzac manterão a propriedade da IBT Media e não estarão ligados às operações da  Newsweek. O portfólio de publicações da IBT Media inclui o International Business Times, o Player.One, o Latin Times, o Fashion Times e o Medical Daily (via MediaPost).


AGÊNCIAS

Danças das contas

A Intel escolheu a Dentsu Aegis Network como agência de mídia global. Estima-se que a gigante da tecnologia tenha um budget de publicidade de US $ 1,4 bilhão (via AgencyDaily). Quem também ganhou conta global foi a BBDO, que vai atender a Ford no mundo todo, enquanto a WPP segue como responsável por parte da conta, incluindo compra de mídia, CRM e shopper marketing (via Meio & Mensagem).

Boutique de luxo

A J. Walter Thompson (JWT), agência do grupo WPP, está lançando sua própria agência boutique. Batizada de MiNY - made-in-New-York - deve se especializar em marcas de beleza, moda, luxo e estilo de vida. Pretende trabalhar com chefes de beleza, gurus da moda, especialistas em luxo e autoridades em estilo de vida para cada iniciativa a ser desenvolvida para os clientes (via MediaPost).

Deu ruim…

"Nordeste vota em peso no PT. Depois vem pro Sul e Sudeste procurar emprego". Não, não, a "frase da semana" não é daquela tia que você conhece, mas de José Boralli, diretor da unidade de negócios da agência de publicidade África - que pertence a ninguém menos que o baiano Nizan Guanaes. De acordo com a Folha de S.Paulo, o funcionário foi suspenso de suas atividades e a agência "tomará as medidas cabíveis", já que o colaborador feriu normas de conduta da empresa.


TECNOLOGIA

Grana pesada

A gigante chinesa Tencent, portal de serviços de internet, vai injetar US$ 200 milhões no Nubank. Isto faz com que a companhia adquira 5% da fintech, avaliada atualmente em cerca de US$ 4 bilhões - o dobro da primeira rodada de análise e que torna a financeira uma das mais valorizadas de toda a América Latina (via The Information).

Google para + ou para -

A versão doméstica do Google+ será desligada nos próximos 10 meses, informou a empresa esta semana. A decisão foi tomada após a revelação de uma falha de segurança anteriormente não divulgada, que expôs os dados do perfil dos usuários em março deste ano. Além disso, segundo a própria companhia, a ferramenta atualmente tem "baixo uso e engajamento" - 90% das sessões de usuários do Google+ duram menos de cinco segundos. Ainda assim, a empresa planeja manter o serviço vivo para os clientes corporativos que o utilizam para facilitar a conversa entre colegas de trabalho e anunciou novos recursos que serão lançados para esse caso de uso.

Lugar de gente feliz?

O LinkedIn, da Microsoft, anunciou a aquisição da Glint, abocanhando uma empresa iniciante cujo software ajuda os gerentes de recursos humanos a entender como os trabalhadores se sentem em relação aos seus empregadores. Os termos não foram divulgados, mas boatos contam que o LinkedIn pagou mais de US$ 400 milhões pela Glint. O porta-voz do LinkedIn se recusou a comentar o preço.

A revolução nórdica

Os suecos estão entre as pessoas mais saudáveis do mundo e, consequentemente, vivendo melhor e por mais tempo. Enquanto o serviço de saúde do país é invejado em todo o mundo, aumenta também a pressão sobre os profissionais da área médica. O país tem investido pesado em novas tecnologias relacionadas à saúde, proporcionando informação e caminhos às pessoas como um complemento - e não como uma ameaça - para os cuidados de saúde já existentes. Criadores destas novidades digitais no país contaram um pouco dessa história.

A resposta é: cultura

McKinsey e a Revista Fortune reuniram mais de 150 executivos seniores para a conferência inaugural Brainstorm Reinvent, realizada em Chicago, na última semana. Os participantes - representando organizações jovens e antigas, digitalmente nativas e em transição digital - trocaram ideias e experiências que aprenderam, à medida que suas organizações ainda passam por grandes mudanças criadas pela tecnologia e inovação. Em todas as discussões, um único fator comum e unânime: cultura é, definitivamente, a chave para uma reinvenção bem-sucedida dos negócios. Aliás, pesquisa recente da própria McKinsey aponta que as mudanças não são uniformes nem lineares, quando o assunto é a revolução dos dados para empresas e indústrias.

Controle e permissão

85% das crianças brasileiras de 0 a 12 anos filhas de pais internautas têm acesso a smartphones, sejam aparelhos próprios ou emprestados dos responsáveis. O percentual cresce conforme a idade, começando em 65% no grupo de 0 a 3 anos e chegando a 95% naquele de 10 a 12 anos. Os números fazem parte da nova edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre uso de smartphones por crianças no Brasil. As mães costumam ser mais atentas enquanto os pais são mais permissivos quanto ao uso de smartphones pelos filhos. Enquanto 45% das mães permitem o uso de apps de redes sociais e de mensageria, a proporção sobe para 54% entre pais. 95% das mães verificam com quem e o quê os filhos conversam nesses apps. A proporção cai para 84% entre os pais. 70% das mães e 67% dos pais estipulam limite de tempo diário de uso de smartphone. E 14% das mães contra 16% dos pais permitem que os filhos façam compras em lojas de aplicativos (via MobileTime).


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Bula no #ad…

O eMarketer lançou um estudo com mais de 20 páginas, gráficos, estatísticas e tendências com previsões e tendências de gastos com anúncios digitais nos setores de saúde e farmacêutico nos EUA. Entre os temas mais quentes da pesquisa, os fatores que influenciam o poder de decisão entre os principais players deste mercado.


ARTIGOS

Anúncios na mira

O editor do Research Brief, do Center for Media Research, conta porque o ano de 2018 testou modelos de negócios e como as regras do jogo mudaram - tanto para publicações e marcas quanto para as agências.

O que a publicidade pode aprender com o jornalismo

Apesar da histórica relação conflituosa entre as duas áreas, há muito mais coisas em comum do que podemos imaginar quando olhamos para o passado recente do jornalismo e o futuro da publicidade (via Meio & Mensagem).


Rapidinhas...

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