Eleições do WhatsApp e o caso Bolsonaro




MERCADO - MARKETING E COMUNICAÇÃO DIGITAIS

Eleições do WhatsApp e o caso Bolsonaro

O furo da Folha de S.Paulo sobre a compra de pacotes de envio de mensagens contra o PT por parte de empresários - o que beneficiaria Jair Bolsonaro - mostra a importância da plataforma neste pleito. Se comprovado o fato, o candidato do PSL pode ser punido segundo especialistas. Bolsonaro não negou as informações e disse que não podia controlar se havia simpatizantes fazendo isso (uma das empresas seguiu o mesmo caminho). O mesmo jornal lembra que o presidenciável havia proposto uma PEC que impedia juízes de bloquearem o aplicativo de mensagens quando ainda era deputado sob a alegação de liberdade de expressão e acesso à informação. Seria uma premeditação do que pretendia fazer durante a campanha?  Conforme relata a Abraji, a repórter responsável pela denúncia vem sofrendo represálias no ambiente digital. O TSE ficou na berlinda pela falta de posicionamento ágil sobre o caso e disse que vai investigar as empresas que teriam financiado o esquema de notícias falsas no WhatsApp, conta o El País, assim como a Polícia Federal [via Folha de S.Paulo]. Especialistas acreditam que a plataforma do Facebook acabaram por esvaziar o debate.

Retaliação da retaliação

Três organizações de mídia e liberdade de imprensa entrarão com uma ação judicial contra o presidente Donald Trump, por infringir a 1ª Emenda da Constituição norte-americana. A lei impede restrições à livre expressão no país. As entidades consideraram que Trump abusou do cargo executivo para retaliar setores da imprensa [via Poder360].

Sem cobertura

Passa de 1.300 o número de comunidades norte-americanas que perderam cobertura jornalística de acordo com estudo da Escola de Mídia e Jornalismo da Universidade da Carolina do Norte, o The Expanding New Desert. O MediaPost coloca o caso como um grande problema para a democracia.

Tudo exposto

Segundo reportagem do AdAge, o Twitter publicou conjuntos de dados que incluem milhões de tweets, imagens e vídeos e milhares de contas ligadas a agentes baseados na Rússia e no Irã, mostrando como, de fora dos EUA, tentaram manipular o discurso das mídias sociais em seus países de origem e no exterior.

Bate-boca virtual e ativismo

A internet acabou se transformando num espaço público de grande bate-boca virtual. Para muitos, abriu as porteiras da estupidez humana. Estamos vendo isso nas eleições no Brasil e provavelmente algo que deve se repetir nas que se aproximam nos Estados Unidos. Mas isso vale para a internet como um todo. Os relatos de uma moderadora da web para a BBC são de embrulhar o estômago. Até mesmo o Instagram, que durante um bom tempo se estabeleceu como um lugar amistoso, vem passando por diversos problemas de ofensas e assédio maciço, como conta a The Atlantic. O momento perigoso e tenso está fazendo com que diversos trabalhadores das gigantes de tecnologia e startups do Vale do Silício se transformem em ativistas. De acordo com reportagem da Fast Company, organizados, estão liderando movimentos de resistência diante de temas bastante sensíveis, como a perseguição a estrangeiros ou mesmo o totalitarismo.  Os funcionários do Google não parecem felizes com a decisão da empresa de participar de um projeto que a companhia vem desenvolvendo com o governo Chinês [via Futurism]. Por outro lado, Sean Parker, ex-presidente do Facebook e fundador do Napster, admitiu que quando se trabalha nessa indústria (de tecnologia), você passa a maior parte do tempo tentando tornar seu produto o mais viciante possível. Agora, ele se dedica à tecnologia médica porque diz se preocupar com o impacto das mídias sociais e dos produtos de consumo na internet sobre a sociedade [via CNBC].

Publicidade digital em busca de caminhos

Embora muitas pessoas entendam que a publicidade é um fardo necessário que acompanha a visualização de conteúdo gratuito, o estado atual da publicidade digital ainda incomoda muitas pessoas (via eMarketer). Por conta disso, os gigantes de TI também se movimentam. O Facebook apresentou nova ferramenta, chamada Creative Compass, projetada para ajudar as empresas a avaliar o impacto dos anúncios em sua mídia [via SearchEngineJournal]. Outra mudança significativa vem do Youtube, que altera a métrica de engajamento de 30 segundos de visualização para 10 segundos [via SocialMediaToday]. A FreeWheel, de propriedade da Comcast, está lançando um balcão único para a compra de comerciais em formas de OTT (plataformas de vídeo) - via AdAge - ao mesmo tempo que o Facebook vê o volume de visualizações vídeos on-line cair e da Amazon e Netflix subirem [via DigitalTVEurope]. A trajetória da publicidade digital, entretanto, é sem volta. Este ano, o celular superará os gastos com anúncios de TV em mais de US$ 6 bilhões, de acordo com recente previsão de gastos com anúncios. Até 2020, o canal representará 43% do total de investimentos em mídia nos EUA. Além disso, um levantamento da Intel mostra que o 5G movimentará US$ 1,3 trilhão de mídia e receita de entretenimento até 2028 [via MediaPost].

Mais pressão

Ainda sobre publicidade, o Facebook está na berlinda mais uma vez como informa o Meio & Mensagem. Diante da demora na reação sobre os problemas de métricas de visualização de vídeos - problema admitido há dois anos - anunciantes processam a plataforma e o conselho da companhia cogita o afastamento de Mark Zuckerberg.

Pras crianças

Entre os 10 canais infantis mais vistos e os 10 mais influentes do YouTube Brasil, Galinha Pintadinha e Felipe Neto lideram rankings feitos pela Rede Snack. A avaliação foi feita com base em canais que se tagueiam como infantis [via PropMark].

Fora do ar

Aliás, como em poucas vezes na história, o Youtube ficou fora do ar por algumas horas no último dia 16. Apesar de diversas especulações de que a plataforma tenha sido hackeada, as causas não foram esclarecidas [via TechTudo].


TECNOLOGIA

US$ 1 bi para moldar o futuro

O MIT anunciou um novo compromisso de US$ 1 bilhão para tratar das oportunidades e desafios globais apresentados pela prevalência da computação e o surgimento da inteligência artificial (IA). A iniciativa conta com a nova Faculdade de Computação Stephen A. Schwarzman, possibilitada por meio da doação de US$ 350 milhões do presidente do conselho, CEO e co-fundador da Blackstone, uma gestora global de ativos.

Treta grande

A The New Yorker traz uma trama que envolve Uber e Google. Segundo a publicação, o Vale do Silício foi construído com base no job-hopping. Mas quando um líder da unidade de carros autônomos do Google se juntou à Uber, a confusão começou. Até os federais entraram no caso da questão de propriedade intelectual. A Uber, aliás, vendeu discretamente US$ 2 bilhões em bônus para um grupo pequeno, mas ansioso, de investidores na chamada colocação privada que permitiu à companhia manter o sigilo enquanto corre para um IPO no ano que vem [via Business Insider].

Curativo

Os analistas e investidores estavam bastante céticos e já pensando em como fazer para estancar o sangue, relatava a Bloomberg. Mas os relatórios apresentados pela Netflix mostram que a empresa adicionou um número recorde de novos membros no terceiro trimestre, superando sua própria previsão graças ao forte crescimento em todos os seus mercados. Foram 7  milhões de assinantes no trimestre (esperavam 5 milhões), elevando a base total para 137 milhões de usuários. O aumento de assinantes coloca a Netflix de volta aos trilhos após ter perdido suas metas de crescimento no trimestre anterior [via BBC].

Apoio

Edital de Inovação para a Indústria, iniciativa conjunta do SENAI, do Sebrae e do SESI, ajudou mais de 800 empresas a serem competitivas por meio de novos produtos e processos inovadores, desde que foi criado em 2004. Neste mês, o atingiu a marca de mil projetos inovadores selecionados, nos quais foram investidos mais de R$ 545 milhões.

Adeus

Um câncer matou, aos 65 anos Paul Allen, cofundador da Microsoft e dono do time de futebol americano Seattle Seahawks. Bill Gates, o bilionário e sócio do executivo, publicou uma carta em homenagem ao amigo.

Em casa 1

Pyr Marcondes levanta a bola de algo relevante no Proxxima. Como você já deve ter lido por aí, o Facebook lançou um aparelho de assistência virtual por vídeo, chamado Portal. Em vez de se preocupar com as funcionalidades, entretanto, a indústria deveria ficar atenta ao movimento do Facebook: entrar na casa das pessoas com um  eletroeletrônico físico e competir com Apple, Samsung, LG e congêneres.


AGÊNCIAS

Em casa 2

Reportagem do AdAge apresenta relatório divulgado pela ANA (The Association of National Advertisers) aponta que as agências internas - chamadas in house - estão em ascensão. A grande maioria, ou 78%, dos membros da entidade possuem algum tipo de  agência interna. Do restante, 8% está considerando a abertura de grupos internos para cuidar de suas publicidades.

Junção da operação

O Grupo ABC, holding de agências fundada por Guga Valente e Nizan Guanaes e que desde 2016 faz parte da Omnicom Group, revelou a incorporação da agência agência de experiências Tudo, à TracyLocke Brasil, outra unidade do grupo que faz parte da rede de shopper marketing. A fusão será concluída em janeiro de 2019. Com isso, a marca Tudo deixa de existir e o presidente da agência, Maurício Magalhães, deixa o dia a dia da operação para assumir o cargo de Advisor na nova casa, com Pipo Calazans mantido como o principal executivo [via Blog do Adonis].


DOWNLOADS

Dados do Q4

Hootsuite e We are social liberaram as informações do universo digital da pesquisa que fazem globalmente. O estudo mostra que há 4,2 bilhões de pessoas conectadas [via TheNextWeb].

O cenário de influência

A Traackr lançou a atualização do relatório anual Influence 2.0, que avalia o estado atual do marketing de influenciadores e prevê a evolução estratégica da prática.


Rapidinhas...

… ou o que andamos lendo!