Facebook patina e Google enfrenta protestos




MERCADO - MARKETING E COMUNICAÇÃO DIGITAIS

O gigante patina

O Facebook divulgou os resultados de seu terceiro trimestre - e  parece não ter agradado tanto. Mesmo com bom desempenho nos lucros, não atingiu as expectativas dos analistas sobre a receita, usuários ativos diários e mensais, explica a CNBC. Hoje são 2,6 bilhões de pessoas utilizando Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger por mês - e cerca de 2 bilhões que fazem uso diário. A estimativa do mercado para o valor da ação foi superada. A derrapada está nos mercados dos EUA, do Canadá e da Europa. Nestas regiões, a plataforma não só não cresceu como perdeu 1 milhão de usuários mensais [via Techcrunch]. Também esboçou um feed menor de notícias [via Wired] e faz uma aposta grande em mensagens e histórias no futuro [via AdAge]. Além dos números, Mark Zuckerberg reforçou a proposta da empresa de investir no Facebook Watch, Instagram TV e Facebook Marketplace, bem como em segurança dos dados. O CEO do Facebook, também admitiu que apesar da expansão do vídeo em todo o ecossistema da plataforma de forma drástica, ainda está "bem atrás do YouTube" [via DigitalTVEurope]. Seriam efeitos periféricos ainda do caso da Cambridge Analytica ou de questões de segurança e privacidade?

Todo mundo de olho

A briga por óculos de realidade aumentada começa a esquentar. O Facebook admitiu ao TechCrunch que está desenvolvendo um hardware nesta linha - apesar de ainda não ter um produto para lançar. A reportagem mostra também os avanços de Microsoft (com o HoloLens) e a Apple, que comprou os desenvolvedores Akonia Holographics  e Vrvana. Até uma publicação de 130 anos está arriscando no universo de realidade virtual e aumentada. A National Geographic está usando VR e plataformas sociais para atrair a geração Z [via Digiday].

Uma onda nada boa

Milhares de funcionários do Google deixaram escritórios em todo o mundo para protestar contra o fato de a gigante de tecnologia ter lidado de maneira considerada ruim com má conduta sexual de alguns de seus principais executivos. A iniciativa foi desencadeada depois de uma reportagem do The New York Times mostrando que, mesmo com registros de assédio sexual, foram afastados, mas receberam alguns milhões de dólares para evitar que os casos viessem à tona. Por casos este conduta, a companhia chegou a demitir 48 funcionários. O movimento também ganhou a internet a partir da hashtag #GoogleWalkOut [via AdAge]. É mais uma lenha na fogueira que se soma à história das dificuldades que a empresa vem enfrentando num momento de discussão sobre a privacidade de dados [via Wired]. Quem também “caiu” sob alegação de assédio sexual praticado em 2016 é Andrew Creighton, depois de 16 anos como presidente da Vice Media [via MediaPost]. Sócio da Greylock e co-fundador do LinkedIn, Reid Hoffman, em 2017 já atuava como ativista contra o assédio e falava sobre por que homens privilegiados do Vale do Silício devem se levantar contra o sexismo. O tema foi retomado em entrevista concedida por ele ao Quartz.

Os intermediários

Nas eleições 2018, o termo "fake news" foi a atração - para o bem e para o mal. As informações falsas com fim político foram divulgadas à exaustão influenciaram o período eleitoral, fato admitido até mesmo pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro. Foi uma eleição com características bem diferentes [via Carta Capital]. Há quem defenda que as empresas que fazem a mediação dessas mensagens devam ser punidas, como explica reportagem da BBC Brasil. Há também quem aposte nestas plataformas como forma de fazer pressão política [via Nexo Jornal]. E existe quem reconheça a importância destes meios no processo para a evolução do mandato e da criação de frentes para a discussão pública, caso de Miguel Reale Júnior em artigo para O Estado de S.Paulo. Barrar veículos de imprensa na primeira coletiva, entre outras estratégias, indicam que o caminho nesta relação será o mesmo adotado por Trump [via Folha de S.Paulo]. Enquanto isso, o Twitter vai se movendo para evitar o mesmo nas eleições norte-americanas [via Terra].

Prepare-se para o que vem

Para curar as feridas do pleito eleitoral, marcado por rupturas, brigas, mortes, mentiras e má fé, o psicanalista da USP, Christian Dunker, dá a dica na Vice: “Tome distância, mas não se desligue”.

Imposto sobre o digital

O governo do Reino Unido pretende impor em breve um "imposto sobre serviços digitais" que deve incidir sobre as receitas geradas por "gigantes de tecnologia estabelecidos" como Facebook, Google e Amazon. A taxação, de 2%, foi anunciada pelo chanceler Philip Hammond e entrará em vigor em 2020 após um período de consulta [via The Drum]. Em declaração bem mais bombástica, o criador da internet Tim Berners-Lee já acha que as gigantes de tecnologia cresceram tanto que talvez precisem ser desmembradas [via Folha de S.Paulo].

Visão sobre o patrão

Outra iniciativa que chama a atenção nos Estados Unidos é a existência do aplicativo Blind - que permite que os profissionais de tecnologia se inscrevam com endereços de e-mail da empresa e falem anonimamente sobre seus empregadores. A startup recentemente perguntou a seus usuários se eles achavam que as empresas de tecnologia onde eles trabalham estão tornando o mundo um lugar melhor. No geral, dois terços dos trabalhadores pesquisados achavam que seus empregadores estavam melhorando o mundo [via Futurism].

Do papel para a tela

O The New York Times divulgou seus números do terceiro trimestre e mostra que sua transição da receita contínua do impresso para o digital. A somatória das iniciativas deve render ao veículo cerca de US$ 600 milhões em mídia digital este ano [via NiemanLab].

Imprensa e plataformas digitais

Como as estratégias em diferentes organizações de notícias variaram? Como os editores responderam às alterações de janeiro de 2018 na alteração do algoritmo do Facebook? Análise da Reuters como os veículos de imprensa estão lidando com este novo mundo.

Abertura e fechamento

O Instagram está em busca de desenvolvedores para a criação de novos efeitos e recursos para a mídia social. Ainda em modelo beta, a proposta é abrir a plataforma para marcas, agências e parceiros em um futuro próximo. Além disso, está testando a função para pagar para promover Stories [via Canaltech]. Seu principal concorrente, entretanto, está sofrendo. Mesmo anunciando aumento de receita, o Snapchat viu diversos publishers de peso abandonarem e deixarem de utilizar a plataforma Discover da mídia social [via MediaPost].

Lava-jato, justiça e imprensa

Na semana em que o juiz Sergio Moro aceitou o convite para liderar o superministério da Justiça e Segurança do presidente eleito Jair Bolsonaro, Christianne Machiavelli Costuma, funcionária do departamento de comunicação da Lava Jato até agosto, explica, em entrevista concedida ao The Intercept Brasil, a relação da operação e seus personagens com a imprensa.

Novo ministro

Por meio de sua conta no Twitter, o presidente eleito Jair Bolsonaro confirmou o astronauta brasileiro Marcos Pontes para o cargo de ministro de Ciência e Tecnologia. O tenente-coronel da aeronáutica, atualmente na reserva, ficou conhecido como primeiro astronauta brasileiro a ir para o espaço [via IDGNow!].

Cobrança do DOU

Uma portaria divulgada pelo governo federal informou que o acesso a partes do DOU (Diário Oficial da União) estará restrito durante o período da manhã. Para acessá-las, será preciso pagar um valor que ainda não foi estabelecido e deve ser definido em até 180 dias [via Poder360].

Smartphone e as relações sociais

Levantamento da Kaspersky descobriu que 95% dos brasileiros usam seus handsets como distração no tempo livre: 91% dos respondentes recorrem ao celular para passar o tempo e 37% não sabem se distrair sem o dispositivo. Outros 79% já usaram o smartphone para fingirem que estavam ocupados, enquanto 71% já adotaram o smartphone em situações que não sabiam se comportar socialmente [via MobileTime].


TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO

Compra histórica

Não só pelo valor - US$ 34 bilhões -, mas pelo tamanho do movimento no mercado. É assim que analistas avaliam a aquisição da Red Hat pela IBM. A compra pode ser encarada também como uma resposta da big blue à Microsoft, que recentemente comprou o GitHub. A IBM está definitivamente engajada em dominar o mercado de computação em nuvem, além de um passo significativo no universo de software livre [via ComputerWorld].

Mais caro de todos

Usuários habituais da Apple foram surpreendidos. Os lançamentos do iPhone anunciados pela companhia apresentam, em sua versão mais cara - iPhone XS Max - preços que podem chegar a R$ 10 mil. De acordo com reportagem da Época Negócios, trata-se de uma estratégia de avançar na esfera premium somada a variações cambiais do dólar.

TV do futuro

Há um grande esforço para reconstruir a trilha da publicidade na TV depois que a internet ganhou a vida das pessoas. Como a mídia televisiva é comprada, vendida, segmentada e visualizada. De um lado temos um avanço de tecnologias que vão de compra automatizada de publicidade de TV, a segmentação de anúncios nesta plataforma, além das TVs conectadas à Internet [via eMarketer]. De outro temos todas as dificuldades impostas pelo modelo e a transformação dos consumidores [via MarketingDive]. Os desafios serão enormes para a sustentação deste modelo no longo prazo. Apesar de toda a preocupação de diversos segmentos, a TV continua a contabilizar a maior parte (80%) dos gastos com anúncios em vídeo [via BroadbandTVNews].

CNH digital

Já são 500 mil motoristas em todo o Brasil que contam com a carteira nacional de habilitação (CNH) digital, dentro do smartphone [via MobileTime].


AGÊNCIAS

Estratégia para estratégia

Tahaab Rais, chefe regional de estratégia, eficácia e inteligência da @FP7/McCann, além de orador e mentor, fala sobre como as áreas de estratégia das agências precisam repensar seus papéis.

Influência furada

Considerado um influenciador digital e contratado para fazer uma campanha, Luka Sabbat, está sendo processado pela agência PR Consulting Inc., agência do Snapchat, pela sua incapacidade de influenciar [via Influencer Update.biz].


DOWNLOADS

Panorama das agências digitais 2019

34,9% das agências são especializadas em um segmento de mercado. E-commerce, tecnologia e serviços são os nichos de maior destaque. 80,7% das agências oferecem o serviço de compra de mídia - essa foi a oferta mais destacada, seguida por gerenciamento de redes sociais e produção de conteúdo. 65,7% das agências adotam estratégias de Marketing Digital e 86,6% adotam Marketing de Conteúdo para si. Estes são alguns dos dados do estudo feito pela parceria entre a Resultados Digitais e a Rock Content.

O bom e velho radinho

É inegável o crescimento do consumo de streaming de áudio. Mas o rádio continua sendo importante, como mostra o Book de Rádio 2018, da Kantar IBOPE Media. 3 a cada 5 ouvintes escutam o meio todos os dias.


ARTIGO

A ressurreição do e-mail marketing

Um dos caminhos que começa a prosperar, até como resultado das investidas em estratégias de inbound marketing (ou marketing de atração), é o e-mail. Foi isso mesmo que você leu! Quando tudo conspirava para seu completo extermínio, ele ressurge.


AGENDA

Batalha de dados

O Itaú Unibanco, em parceria com a Shawee, está com inscrições abertas para a sua primeira batalha de dados voltada ao público externo. O evento para desenvolvedores será realizado nos dias 8 e 9 de dezembro no Cubo Itaú, em São Paulo. Interessados têm até dia 11/11 para se inscreverem no site.

História da mídia

A Unibes Cultural, junto com o Grupo de Mídia São Paulo - formado por profissionais de mídia das agências de publicidade e propaganda do Estado de São Paulo -, apresenta a exposição “50 anos de mídia no Brasil - 1968-2018" em caráter documental.

Direitos humanos

Estão abertas também as inscrições para o 35º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo – 2018. A iniciativa tem como tema  "As Fake News Também Mudam A Sua História" [via Portoweb]. Também já é possível se cadastrar na terceira edição do Coda.Br, conferência brasileira de jornalismo de dados.


Rapidinhas...

… ou o que andamos lendo!