Publicidade digital cresce, mas momento é delicado




MERCADO - MARKETING E COMUNICAÇÃO DIGITAIS

Ventos contrários para a publicidade digital

A receita de publicidade digital cresceu 23%, para US$ 49,5 bilhões no primeiro semestre de 2018. Isto faz com que o segmento possa atingir a marca US$ 100 bilhões pela primeira vez [via MarketingDive]. Apesar dos bons números, os ventos não parecem favoráveis, alerta o Interactive Advertising Bureau em relatório preparado em conjunto com a PwC. Uma possível correção da economia norte-americana pode interferir na compra de publicidade [via AdAge]. A mídia tradicional também sofre. "[...] ao mesmo tempo em que testemunhamos o declínio contínuo dos gastos com publicidade na mídia tradicional, indica que os dólares da indústria agora estão se alinhando adequadamente", afirmou Sue Hogan, vice-presidente sênior de pesquisa e medição da IAB [via MediaPost]. Soma-se a isso os problemas de confiança. A Associação Nacional de Anunciantes dos EUA (ANA) publicou um relatório sobre a sondagem do FBI em relação a possíveis irregularidades de agências sobre práticas irregulares na compra de mídia [via Meio & Mensagem]. Como não bastasse, a maioria dos CMOs globais aumentará o gasto com publicidade na China no próximo ano, ou seja, uma parte do investimento americano migrará para lá [via The Drum]. Outra pergunta que vem sendo feita com frequência pelos profissionais de marketing recai sobre anúncios no WhatsApp - um novo meio de investimento em propaganda. O Facebook vai permitir a exibição de  anúncios diretamente no recurso de status do WhatsApp. As expectativas, porém, não parecem lá grandes coisas, especialmente porque as próprias marcas andam achando o formato intrusivo [via MarketingLand]. Para saber mais sobre o futuro da mídia, baixe aqui o Global Report do eMarketer.

Analfabetismo funcional e as mídias sociais

O Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf) acompanha os níveis de analfabetismo no Brasil em uma série histórica desde 2001. E pela primeira vez neste ano trouxe informações relacionadas ao contexto digital. Três entre cada dez brasileiros têm limitação para ler, interpretar textos, identificar ironia e fazer operações matemáticas em situações da vida cotidiana – e, por isso, são considerados analfabetos funcionais. Nova pesquisa aponta que 29% da população adulta brasileira não está plenamente alfabetizada, mas não deixa de acessar as redes sociais: 86% deles usam WhatsApp e 72%, Facebook [via G1].

Mais internet, menos democracia

A liberdade na internet está cada vez menor no mundo todo com a ascensão do autoritarismo digital e os mecanismos de controle aplicados sobre são capazes de enfraquecer a democracia. A conclusão é da pesquisa anual Freedom on the Net 2018 [via É Amor poca Negócios].

O vale está destruindo o mundo

O filósofo futurista Yuval Noah Harari, autor de Homo Sapiens, Homo Deus e 21 lições para o século XXI, acha que o Vale do Silício é um motor da ruína distópica. Então, por que a elite digital o adora tanto? Um especial do The New York Times explica as razões.

Q&A ao PR de Julian Assange

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, tornou-se uma figura polarizadora quando ele entrou no cenário global graças ao armazenamento e publicação de documentos secretos de suas organizações. Exilado na embaixada equatoriana em Londres, evitando um mandado de prisão, que ele nega e afirma ser parte de uma conspiração política como resultado de seu trabalho com o Wikileaks. Representando Assange está o RP Richard Hillgrove, que falou ao The Drum sobre como é o papel de um profissional de relações públicas em casos tão emblemáticos - ele também trabalho com Dame Vivienne Westwood e a ativista, autora e atriz Rose McGowan.

Turbinada

O LinkedIn anunciou uma reformulação das páginas corporativas em sua plataforma, adicionando uma série de novos aprimoramentos focados em facilitar a geração de engajamento e a participação em conversas relevantes nas páginas comerciais [via SocialMediaToday].

Um novo conceito

O tapete vermelho é estendido e centenas de câmeras de smartphones disparam. Mas o centro da atenção dos fotógrafos não é um cantor famoso ou uma personalidade de reality show. É uma pizza. Especial da BBC conta como o Instagram está revolucionando a indústria de restaurantes. Para termos uma ideia, uma churrascaria de luxo aberta recentemente na cidade de Boston, nos Estados Unidos, investiu US$ 10 mil em uma mesa feita especialmente para gerar as melhores fotos possíveis no Instagram dos clientes [via Tecmundo].

Está pronto para os nanoinfluenciadores?

Mal aprendemos a lidar com influenciadores - e olhe lá se aprendemos - já passamos para micro e agora é a vez dos nanoinfluenciadores. Pois é, esse é o termo usado pelas empresas para descrever pessoas que têm apenas 1.000 seguidores e estão dispostos a anunciar produtos nas redes sociais [via The New York Times].

 

Pague por nudes

Um terço dos latino-americanos aceitaria postar uma foto nua em troca de dinheiro, dos quais 44% correspondem a homens e apenas 17% a mulheres. É o que aponta estudo da empresa global de cibersegurança Kaspersky Lab.

 

Mesma cartilha

O cenário que caracterizou a relação de Donald Trump com a imprensa - ao ponto de a CNN processar o presidente - nos últimos dois anos parece repetir-se agora no Brasil de Jair Bolsonaro. Eleito presidente no dia 28 de outubro, Bolsonaro vai reforçar a comunicação digital e tem seguido a cartilha de seu colega norte-americano, mantendo em alerta organizações brasileiras e internacionais que defendem a liberdade de expressão e de imprensa [via Knight Center for Journalism in the Americas]. Em tempo: ao TSE, o WhatsApp afirma que não foi contratado para campanha de Bolsonaro [via IDGNow!].

 

Ficou bravo

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, ordenou que sua equipe de gerenciamento usasse apenas telefones Android. A decisão teria ocorrido depois que o CEO da Apple, Tim Cook, criticou o Facebook em uma entrevista da MSNBC por ser um serviço que trafica "sua vida pessoal" [via The Verge]. Quem também espetou a mídia social foi Marc Benioff, CEO da Salesforce. Em entrevista também para a MSNBC, comparou o Facebook a cigarros, devido ao poder de vício que a rede social tem sobre seus usuários [via Canaltech].

 

Impacto direto

O Facebook, inclusive, registrou um crescimento lento neste trimestre, provavelmente devido aos vazamentos de dados, notícias falsas e discursos de ódio que a plataforma sofreu nos últimos dois anos. E há, ainda, algumas mudanças anunciadas que afetarão a maneira como os  comunicadores utilizam a plataforma [via PRNewsOnline].

 

Ainda a gestão de crise

O Facebook ainda continua negando a veracidade da reportagem do NYT sobre como faz a gestão das crises que aparecem dentro da rede social. O board da companhia saiu em defesa de Mark e Sandberg. Por outro lado, atualizaram o algoritmo do feed para não incentivar mais temas controversos. E a Wired aponta seis grandes perguntas sem respostas sobre esta investigação do diário norte-americano.

 

A história do fim

A vida era boa para a Defy Media no início de 2017. A empresa de mídia digital por trás dos pesos-pesados como YouTube, Smosh e Clevver, havia acabado de levantar investimentos de US$ 70 milhões no último trimestre. Ele estava procurando por instalações de produção bacanas para se mudar para Los Angeles, e acabara de contratar a empresa de design Collins para refazer seu logotipo. Um ano e meio depois, a empresa não existe mais, já que o credor da empresa apreendeu seus ativos, forçando uma paralisação imediata e abrupta dos negócios. A história toda é contada em um especial do Digiday.

 


TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO

US$ 8 bilhões

A desenvolvedora de softwares alemã SAP comprará a Qualtrics International (veja a história da companhia aqui), especializada em registrar e analisar dados sobre marcas e produtos de fontes em tempo real, incluindo mídias sociais e email. O valor da negociação chega a US$ 8 bilhões em dinheiro [via UOL].

 

Nova rodada de investimento

O iFood vai receber um aporte de US$ 500 milhões de seus atuais investidores, um conjunto formado pelos sul-africanos Naspers (que chegaram a comprar 30% da Editora Abril), além do Innova Capital - fundo administrado por Verônica Serra e que recebe investimentos da 3G Capital. Deste total, US$ 100 milhões vêm da Movile, controladora da empresa e o restante dos financiadores [via Brazil Journal].

 

Negócio diversificado

Na onda de denúncias que estremecem as bases de gigantes do Vale do Silício, surge a Spot, uma startup de inteligência artificial com tecnologia projetada para melhorar as denúncias de assédio no trabalho. A ferramenta gratuita foi desenvolvida pela psicóloga da University College London, de 31 anos, Julia Shaw [via Evening Standart].

 

Dinheiro pesado

Mary Meeker, que deixou em setembro a Kleiner Perkins depois de oito anos na empresa e sendo responsável por um dos principais relatórios de tecnologia e telecom do mercado global, pretende levantar até US$ 1,25 bilhão para seu novo fundo de investimento [via TechCrunch].

 

Novo CRM

Depois de comprar a empresa mineira Plug CRM em agosto passado, a Resultados Digital (RD), empresa de desenvolvimento de software, lança o RD Station CRM, solução de gestão do relacionamento com clientes gratuita para pequenas e médias empresas [via Computerworld].

 

A grana das startups

78% das startups brasileiras faturaram menos de R$ 500 mil nos últimos 12 meses e apenas 16,6% superou a faixa de R$ 1 milhão. Essas constatações fazem parte do Mapa das Fintechs Brasileiras, elaborado pela Visa, a partir de informações de mais de 230 inscritas no Programa de Aceleração Visa 2018. Ao mesmo tempo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou o lançamento de sua primeira linha de crédito direto com o banco de fomento para startup [via Estadão].

 

Terapia digital

Entrou em vigor semana passada a Resolução nº 11/2018 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que regulamenta "a prestação de serviços de psicológicos realizados por meio de tecnologias da informação e comunicação". A medida pretende organizar as diretrizes para o atendimento online de pacientes clínicos ou mesmo realizar processos de seleção de pessoal, como entrevistas de emprego, aplicar testes psicológicos e até mesmo prestar supervisão técnica a outros psicólogos [via Canaltech].

 

Por cima da carne seca

A plataforma global de vídeos TikTok aumentou sua base de usuários em cerca de 30% para mais de 130 milhões de espectadores desde que o seu proprietário Bytedance fundiu o aplicativo com o aplicativo musical.ly, no início de agosto, segundo a pesquisadora Apptopia. Os downloads mundiais da TikTok aumentaram 20% e os downloads dos EUA aumentaram 25% em relação ao período anterior de três meses. Isso fez com que a plataforma superar o YouTube, Instagram, Snapchat e Facebook na classificação de aplicativos [via MobileMarketer]. O Facebook, aliás, lançou silenciosamente um aplicativo concorrente TikTok chamado Lasso. Trata-se de uma aplicação para criação de vídeos curtos de dublagem e dança destinado a millennials [via The Verge].

 

Parceira?

Depois do anúncio da Disney de como se chamará e funcionará seu serviço de vídeo sob demanda, o chefe da Netflix, Reed Hastings, disse que a plataforma será uma parceira "formidável" para a gigante do streaming quando for lançada no próximo ano [via TBI Vision].

 


AGÊNCIAS

Em Brasília

A FleishmanHillard, especializada em relações públicas e com operação no Brasil há quatro anos, anunciou a criação de sua área de Public Affairs e Advocacy, em paralelo a inauguração do escritório da agência em Brasília. O líder do novo segmento de negócio contratado para a função é o jornalista Carlos Graieb [via MegaBrasil].

 

Sem AD

Em um contexto de demanda por relações mais transparentes entre clientes e agências, revisão das marcas sobre seus papéis na vida dos consumidores, a LiveAD abandona o AD e passa a adotar a marca ℓiⱴε [via Meio & Mensagem].

 

Revisões de PR

A Amazon lançou uma revisão da concorrência de contratação da agência de relações públicas para sua divisão de dispositivos. Fontes informam que a companhia está analisando proposta de nove agências. Quem também promove mudanças é a gigante de tecnologia Cisco. A empresa trabalha com uma infinidade de empresas de relações públicas em todo o mundo, está analisando seu suporte PR como parte de um esforço para renovar suas comunicações na América do Norte [via Holmes Report].


DOWNLOADS

Visão de futuro

Estudo realizado com 100 executivos de tecnologia das principais instituições financeiras brasileiras traça um panorama atual da transformação digital dentro das empresas hoje, sobretudo corretoras e distribuidoras de valores [via Cedro Technologies].

Tendências SMM

O relatório tendências de marketing de mídia social (SMM) analisa detalhadamente como as agências estão usando a plataformas para os clientes, bem como para seus próprios esforços de marketing.


ARTIGO

Os empregos que serão extintos com a transformação digital

De acordo com o World Economic Forum, empregos como assistentes jurídicos, corretores de seguros e analistas de risco irão diminuir drasticamente em 2020; jornalistas estão ameaçados de desaparecer até lá e pilotos de aviões e anestesistas serão substituídos por robôs até 2025 [via Inovajor].


Rapidinhas...

… ou o que andamos lendo!

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