Novas acusações contra o Facebook




MERCADO - MARKETING E COMUNICAÇÃO DIGITAIS

Ki-suco tá fervendo

Até 2015, o Facebook permitia que os desenvolvedores externos de aplicativos coletassem dados não apenas sobre os usuários, mas também sobre seus amigos. A política foi alterada em abril daquele ano, sem antes que a plataforma considerasse cobrar dos desenvolvedores pelo acesso à informação [via MediaPost]. Um novo conflito de peso ganhou repercussão nos últimos dias [via BBC Brasil]. Um ex-executivo do Facebook confirmou que a empresa havia contratado uma agência de relações públicas, a Definers, para atacar o empresário George Soros. Um representante de Soros pediu a políticos dos EUA que investiguem o Facebook. A chefe de operações da companhia, Sheryl Sandberg, afirma que não se lembra da contratação da agência [via Silicon], ainda que documentos acessados comprovem que ela sabia bem mais sobre o processo [via TechCrunch]. Vale lembrar que o megainvestidor atacou o Facebook em um discurso em Davos, chamando a companhia de 'ameaça à sociedade'”. Não bastasse este problema e todos os demais - vazamento de dados, interferência nas eleições, entre outros - um ex-funcionário publicou outra crítica contundente à cultura da empresa dizendo que "tem problema com pessoas negras". Mark S. Luckie, que trabalhou como gerente de parcerias afirmou que "a discriminação racial no Facebook é real" [via AdAge]. Enquanto isso, o The New York times questiona se não há um dever moral das pessoas em abandonar a plataforma, diante de tantos problemas e graves acusações pelas quais passa. Em meio a tudo isso, mais um alto executivo deixa a plataforma. Agora é a vez de Neeraj Arora, diretor de negócios do WhatsApp [via MediaPost].

Fica, mas muda

Mark Zuckerberg deve permanecer no poder do Facebook , mas uma "mudança radical" é necessária sobre como as decisões são tomadas na empresa. Quem disse isso, em entrevista à CNBC, foi um dos primeiros investidores e ex-membro do conselho, Jim Breyer, fundador e CEO da empresa global de capital de risco Breyer Capital.

Busca por equilíbrio...

As plataformas de mídia social estão chegando ao seu próprio período de adolescência. E, como todo jovem, parecem não estar sabendo lidar muito bem com os problemas que enfrentam. Dezenas de executivos estão deixando estas companhias com acusações pesadas e graves - que vão da ganância a preconceitos, passando por diversos modelos de assédio. Questões sobre dependência, privacidade e gestão de dados crescem em discussões no mundo todo. Usuários passam a reavaliar com mais cuidado a participação destas tecnologias em suas vidas. O Wall Street Jounal traz como esta nova realidade está causando impacto nas companhias e nas pessoas. É preciso pensar em como sobreviver à próxima era da tecnologia [via The New York Times]. Por esta razão, as plataformas, em conjunto com diversas marcas, vêm investindo em ações educativas e novos recursos na busca por maior interação com os usuários [via O Globo].

… em uma nova configuração global

A nova configuração do mercado e do consumidor no mundo inteiro vai exigir mudanças na forma de conduzir os negócios e de investir dinheiro nos próximos 10 anos. Em sua palestra anual sobre o estado de inovação na cúpula da a16z, da Andreessen Horowitz, Benedict Evans afirma que a história de uso está apenas começando: a maioria das pessoas agora está on-line, mas a maior parte do dinheiro ainda não está. E alguns movimentos inéditos, até então, andam assustando os analistas do mercado. Os cinco gigantes da tecnologia combinados perderam perto de US$ 1 trilhão em capitalização de mercado. Agora, as ações do chamado FAANG - Facebook, Apple, Amazon, Netflix e a empresa-mãe do Google, a Alphabet. Os possíveis motivos seriam as crescentes taxas de juros, redução das previsões de vendas, possíveis intervenções do governo e avaliações semelhantes às da bolha como razões para a reversão da fortuna. E não são só elas, há outras grandes do segmento perdendo valorização.

Olhar pro futuro e reversão da fortuna

O Visual Capiltalist reuniu as 8 principais forças que moldam o futuro da economia global, diante de um mundo que muda cada vez mais rápido e com bilhões de pessoas hiperconectadas. Ao menos para as gigantes de tecnologia o cenário não parece tão bom.

As 100 inovações de 2018

A Popular Science divulgou a lista das inovações mais cruciais, influentes e simplesmente impressionantes idealizadas ao longo de 2018. Com grande presença de inteligência artifical, há algoritmos que vencem debates humanos, jantam livros, eliminam filas de pagamento, cuidam de jardins, detectam vazamentos de encanamento e milhares de outras coisas. Leia abaixo, em Downloads e Infográfico, as previsões e tendências para 2019.

Menos mídia local, mais polarização

Depois que os jornais locais fecham, a polarização política entre os eleitores aumenta. A conclusão é de uma nova pesquisa conduzida pelo Journal of Communication. A The Economist fala sobre como jornais norte-americanos de cidades pequenas são surpreendentemente resistentes e que são exagerados os relatos sobre a morte deles.

Assoprou as velinhas

A edição brasileira do EL PAÍS chegou aos seus cinco anos de existência com recordes de navegadores únicos e, segundo a publicação, segue em curva ascendente.

Primeira posição

As mídias sociais são os aplicativos mais utilizados em seus smartphones, afirmam 75% dos brasileiros. Na segunda posição vêm os bancos (46%) enquanto apps de entretenimento registraram 41%. Os dados são do estudo do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) [via iG].

Leva tudo, menos o celular

Aliás, um em cada quatro brasileiros prefere que ter sua casa ou carro roubados em vez de ter suas redes sociais invadidas e perder o acesso a elas para sempre, aponta o primeiro estudo regional desenvolvido pela Kaspersky Lab na América Latina, em conjunto com a empresa de pesquisa chilena CORPA [via Telesíntese].

Geradoras de crises

Levantamento realizado pelas empresas Aon e Pentland Analytics mostra que as mídias sociais são responsáveis por amplificar o impacto que uma crise de reputação pode ter nas ações das empresas de capital aberto. Foram consideradas crises a falta ou a falha de produtos e serviços, ataques cibernéticos, corrupção e fraudes. No estudo, as empresas que se comunicaram bem com o público e somaram 61 casos, ganharam em média 20% em valor de mercado um ano após o episódio. O mesmo estudo, feito em 2000, havia apontado ganho médio de 10% [via Valor Econômico].

A praga dos stories

O Snapchat criou e aplicou o conceito. O Facebook embarcou e seguiu o padrão para a mídia social, para o Instagram e para o WhatsApp. Agora até mesmo o LinkedIn entra na onda de colocar o recurso de stories à disposição dos usuários da plataforma [via TechCrunch]. Até mesmo o Youtube entrou na onda. A partir de agora, a funcionalidade de stories também pode ser usada, mas está restrita, ainda, a criadores com mais de 10 mil inscritos [via IDGNow!]. O Instagram respondeu rapidamente liberando a criação de lista de amigos e transmissão de stories de forma segmentada [via iG]. O eMarketer está empenhado em mostrar como consumidores e profissionais do marketing podem utilizar plenamente este recurso que definitivamente pegou entre os usuários.

Como enganar influenciadores

Quem estaria disposto a pagar mais de US$ 500 por sapatos? A Payless, uma marca conhecida por calçados econômicos, abriu uma loja pop-up falsa chamada "Palessi" em um shopping em Los Angeles e convidou influenciadores para a inauguração. A loja estava cheia de sapatos Payless disfarçados. "Eu pagaria US$ 400 ou US$ 500", diz uma mulher em um anúncio de TV, segurando um par de tênis de US$ 19,99. O truque incluiu até um site elegante e uma conta no Instagram. Cerca de 80 influenciadores compareceram mais de duas noites, segundo Payless. Eles desembolsaram um total de US$ 3.000 via CNN Business]. Talvez seja o caso de trabalhar com nanoinfluenciadores, que vêm apresentando bons resultados segundo reportagem do Marketing Insider.

As 25 marcas brasileiras mais valiosas

Segundo a Interbrand, a fórmula do sucesso está justamente no conhecimento que a empresa tem sobre o seu cliente e a criação de produtos e serviços que facilitem a vida das deles [via Money Times].


TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO

Próximo passo

Reportagem exclusiva da Fast Company afirma que, depois de revolucionar o segmento de aluguel de imóveis, o Airbnb pretende vender casas. Por meio da Samara - uma iniciativa da empresa para criar novos produtos e serviços - a companhia vai começar o projeto Backyard para projetar e prototipar novas formas de construir e compartilhar residências. Por aqui, a startup QuintoAndar, de locação de imóveis caminha para se tornar unicórnio ao receber mais R$ 250 milhões.

Movimento

O YouTube está incentivando os criadores de conteúdo a se manifestarem contra a iniciativa de reforma dos direitos autorais do Parlamento Europeu, em especial o Artigo 13. A alegação é de que se passar na forma em que está, a empresa teria de bloquear a grande maioria dos uploads na região. A nova proposta, se aprovada, elimina o modelo de notificação e remoção, colocando sobre as empresas a responsabilidade da violação de direitos autorais. A gigante da internet lançou o site  'Save Your Internet'  e está usando uma hashtag correspondente para mobilizar sua base de usuários, pedindo que os criadores de conteúdo façam vídeos, twitem e “se juntem ao movimento” [via Digital TV Europe].

Mais do que só nostalgia

Até outro dia, a Atari não passava de uma empresa extremamente endividada e com receita que não passava de US$ 1 milhão, atrelado especialmente ao licenciamento de camisetas e outras bugigangas. Entrevista com o CEO, Frederic Chesnais, mostra como a empresa vem saindo da lama [via VentureBeat].

Ataque contra a libélula

Um grupo de funcionários do Google se reuniu à Anistia Internacional para pedir à empresa que cancele o projeto Dragonfly (libélula) - iniciativa do gigante de tecnologia que cria um mecanismo de busca censurado para o mercado chinês e que permite a vigilância do governo. A carta aberta dos colaboradores foi publicada no Medium e está assinada por todos que abraçaram a causa. O mesmo grupo conseguiu levantar US$ 200 mil em fundo para organização de greve [via IDGNow!].

Vá de bike

A Uber anunciou que, já em 2019, terá bicicletas elétricas compartilhadas no Brasil. Chamadas de Jump, levam o nome da empresa comprada pelo aplicativo em maio deste ano [via UOL].

Edição genética

He Jiankui, cientista da Universidade de Shenzhen, na China, e sua equipe, afirmam ter criado os primeiros bebês geneticamente modificados. Batizados de Lulu e Nana, duas meninas nascidas há “várias semanas”, sofreram interferência da técnica de edição de genes conhecida como CRISPR para modificar um gene e tornar as gêmeas resistentes contra o vírus que causa a AIDS. Ele ainda defendeu sua iniciativa publicamente, mas vem sendo acusado de falsificar aprovações para seguir com o experimento. Enquanto isso, especialistas discutem a potencial criação de uma nova estirpe de seres humanos [via El País].


DOWNLOAD

“A grande sexta” em números

A Social Miner, em parceria com Vindi, Neoassist, MindMiners, Anymarket, Rankmyapp e GhFly, preparou relatório com os principais benchmarks de performance do mercado e insights sobre a jornada de compra do consumidor durante a Black Friday.

O brasileiro e o digital

Qual é a situação atual do mercado nacional? Como nossos clientes em
potencial se comportam e onde eles estão? Relatório produzido pelo Hubspot pretende responder qual a evolução do consumidor brasileiro com o digital.

O que nos espera

O Grupo de Inovação da JWT apresenta o Future100: Tendências e Mudanças para 2019. O estudo avalia o que vem por aí depois de um ano de montanha-russa de mudanças políticas, ambientais e econômicas. A We Are Social também disparou o Think Forward 2019, relatório que analisa a mudança no consumidor digital e o papel que as marcas desempenham neste processo.

Tendências tech 2019

O time do Gartner preparou um documento especial sobre as 10 tecnologias estratégicas mais importantes para o próximo ano.


INFOGRÁFICO

Como será o amanhã?

O que está no horizonte de marketing de mídia social para 2019? O SocialMediaToday pediu a 23 especialistas suas previsões para o próximo ano, incluindo tendências futuras, mudanças e outros insights. Transformou tudo isso em um infográfico.


ARTIGO

Não é só inovação tecnológica

No primeiro artigo do Projeto de Inovação em Jornalismo do Reuters Institute, Julie Posetti, pergunta se o setor de notícias ficou obcecado demais com a inovação tecnológica na ausência de estratégias claras e baseadas em pesquisas.


Rapidinhas...

… ou o que andamos lendo!

  • CEO da Economist, Chris Stibbs, deixa o cargo;
  • Walt Disney e Google se juntam em aliança estratégica de publicidade;
  • Avon explica como fazer rebranding para a geração do Instagram;
  • FBI indicia oito pessoas em grande caso de fraude de publicidade;
  • YouTube vai oferecer conteúdo original gratuitamente para todos em 2020;
  • WhatsApp é app preferido no trabalho, mas segurança ainda é polêmica;
  • Marriott é hackeada e compromete dados de até 500 milhões de clientes;
  • DeepRacer: conheça o mini carro autônomo da Amazon;