Facebook e as senhas

Não para, não para, não para

Crédito da imagem: Krebs on Security

Está realmente complicado conseguir acompanhar o ritmo das notícias que envolvem o Facebook. Desta vez, o fato principal envolve as senhas. A empresa armazenava as senhas de milhões de  usuários, que estavam arquivadas em arquivos de texto, acessíveis a todos os funcionários. Segundo especialistas em segurança, trata-se de um modo primitivo. A companhia informou que  existe uma investigação em curso e que a descoberta aconteceu no início do ano e tomou medidas. Promotores estão investigando a empresa por comportamento criminoso relacionado a uma série de parcerias de dados. A plataforma também já sabia meses antes das primeiras reportagens que a Cambridge Analytica coletava dados pessoais de até 87 milhões de pessoas sem o consentimento dos usuários, informa o The Guardian. A reportagem traz troca de e-mails entre gerentes da plataforma que demonstravam preocupação com o caso já em setembro de 2015. Para arrematar, o cofundador do WhatsApp, Brian Acton, que vendeu o aplicativo de bate-papo para o Facebook por US$ 19 bilhões, disse  a estudantes universitários que eles deveriam deletar o Facebook completamente.

Se faz sentir, faz sentido

Em tempos de real demonização das mídias sociais e seu modo de utilização, uma jornalista da Nova Zelândia, Kaila Colbin, escreveu como foi a sua tarde de terror em Christchurch, após um ataque sem precedentes que matou 50 pessoas em poucos minutos. Mas, para além do breve relato, ela também contou como usou suas mídias sociais de forma adequada (e salvadora) em um momento de crise e desespero: marcar a si mesmo como "seguro", procurar ajuda dos vizinhos e da comunidade, perceber quem ao redor está precisando ser auxiliado… e com esta rede, talvez, os danos sejam amenizados, mesmo com a dor irreversível. Vale a leitura!

Parece até novela

Nem Gilberto Braga iria tão longe: a briga pelo poder no comando da Folha de S.Paulo, o mais prestigiado jornal do país, chegou ao seu ápice nesta semana quando Maria Cristina Frias, que assumiu a diretoria de redação após a morte do irmão Otavio Frias Filho foi destituída do cargo pelo outro irmão, Luíz Frias - presidente do Grupo Folha, que tem que também o UOL e o PagSeguro, entre outros negócios. Sérgio Dávila, 25 anos de Folha, nove como Secretário de Redação, passou a ocupar este cargo. Uma bomba. Das notas mais tristes: Jânio de Freitas deixou o Conselho Editorial. Aliás, as demissões já começaram, segundo o Comunique-se.

E a Abril segue se desfazendo

A Editora Abril vai vender a revista Exame para o banco BTG Pactual.

Oásis?

Os desertos de notícias estão no centro da crise do jornalismo - comunidades deixadas para trás, à medida que as organizações de notícias são prejudicadas pela queda nas receitas de publicidade e se concentram cada vez mais nas áreas metropolitanas e costeiras do país. Já faz mais de um ano que a mudança do algoritmo do Facebook reduziu a quantidade de notícias no feed, priorizando o conteúdo de amigos. A Newswhip publicou um relatório sobre as interações das pessoas com conteúdos noticiosos. A partir de maio, a plataforma também solicitará ideias para construir comunidades de notícias locais - e já está procurando financiamento e orientação. Talvez seja mesmo um bom momento para buscar dinheiro: tem um monte de anunciantes pedindo reembolsos, em altíssimas quantias, após o caos da interrupção de serviços, na semana passada. As tais "novas métricas" no Gerenciador de Anúncios, ao que parece, não fizeram muita diferença. E, embora o engajamento para editores tenha apresentado alguma recuperação, os conteúdos mais envolventes ainda são sobre assuntos bem delicados, como aborto e imigração ilegal.

Um, dois, três, fake teste!

O Whatsapp continua a intensificar a luta contra notícias falsas - desta vez, voltando sua atenção para a desinformação visual. O aplicativo de mensagens do Facebook está testando um novo recurso de "imagem de pesquisa", que permite aos usuários enviar facilmente uma imagem encontrada em sua plataforma para o Google. A ferramenta de imagem foi descoberta no beta mais recente do WhatsApp para Android. Com o toque de um botão, enviará uma foto do aplicativo para o gigante das buscas, direcionando os usuários para uma página de resultados que mostre "imagens semelhantes ou iguais".

Algoritmo político?

Na mesma onda, a CNN Business explica como o algoritmo do Twitter está ampliando a retórica política extrema. As mudanças recentes da plataforma provocam o aumento dos debates e da polarização, especialmente aquela que passou a inserir o que o algoritmo acredita que sejam tweets relevantes e populares nos feeds de pessoas que não seguem as contas que os publicaram.

Microfone na porta

A coisa anda feia para o varejo em todo o mundo - só nos Estados Unidos, 7 mil lojas fecharam em 2017 e quase 4 mil desceram suas portas no ano passado - e culparam o e-commerce como seu principal algoz, por óbvio. A McKinsey então fez um estudo para descobrir: onde estão esses consumidores afinal? Quem está comprando e onde? As lojas físicas tendem mesmo a acabar? A pesquisa indica no que esta nova era de dados e análises pode contribuir efetivamente para o comércio tradicional - norte-americano e mundial.

Outshine

Os profissionais de marketing dos EUA estão dispostos a gastar até US$ 32 mil para trabalhar com um microinfluencer - ou alguém com menos de 30 mil seguidores em uma campanha - contra US$ 39 mil para trabalhar com um influenciador de celebridades com mais de 500 mil seguidores, de acordo com a Influencer Marketing Survey. Os influenciadores celebridades compreendem 28% dos gastos anuais com influenciadores, comparados a 40% dos microinfluenciadores. Ainda sobre o tema, especialistas enxergam que é justamente o marketing de influenciadores que está atrapalhando a maneira como vemos tanto os produtos quanto os seus consumidores.

Por mais tecnologias disruptivas

Estudo realizado pela Forrester a pedido da SAP mostra que 93% dos executivos sinalizam que a adoção de tecnologias inteligentes, como aprendizagem de máquina, internet das coisas (IoT), inteligência artificial (AI), blockchain e realidade aumentada/virtual, são essenciais para a transformação digital e, por isso, fundamentais para os negócios. O levantamento, publicado pelo Computerworld, consultou 740 executivos, tomadores de decisão de TI em empresas de diversos segmentos do mercado. Como o tema transformação digital está na ponta da língua dos líderes empresariais, vale dar uma olhada no estudo da McKinsey sobre maturidade no marketing digital no Brasil.

Próxima onda de unicórnios

Levantamento realizado pela Distrito em parceria com a KPMG indica quais deverão ser os próximos unicórnios brasileiros - companhias que atingem 1 bilhão de dólares em valor de mercado. O estudo contou com a participação de especialistas do mercado e aponta nomes como Creditas, Quinto Andar, Neoway, ContaAzul, Ebanx, VivaReal, Resultados Digitais, Grow, CargoX e Loggi [via ITMídia].

Lá e cá

A Nextel do Brasil, com seus pouco mais de 3,3 milhões de assinantes, se rendeu aos 56,5 milhões da Claro. A fusão entre as duas não deixará a Claro em posição de liderança - a Vivo conta com 73 milhões de clientes -, mas permitirá que a empresa consolide a segunda colocação em relação à TIM, que até então disputava o posto. O negócio custará cerca de US$ 900 milhões de dólares à América Movil, grupo mexicano que, no Brasil, é dividido em duas holdings. Mas nem tudo são flores, claro: a empresa herdará também uma queda de receita de 24% em 2018 e um recuo financeiro de aproximadamente 28% - apesar da reversão do prejuízo operacional da Nextel no país.

Expandindo e contando

Em tempos em que videogames viraram novamente "vilões", a Activision não parece preocupada - e quer mais: A Overwatch League, empresa de videogames competitivos lançada pela Activision Blizzard Inc. no ano passado, continua a ensaiar seu futuro em organizações esportivas tradicionais, como a National Football League (NFL) e a National Basketball Association (NBA). Nate Nanzer, comissário da liga, anunciou que, a partir de 2020, a maioria das 20 franquias da liga sairá de Los Angeles, sua casa nos dois primeiros anos, e se mudará para Nova York, Paris, Xangai e outras cidades. Segundo o executivo, é um passo que aproxima o modelo de negócios das equipes de e-sports ao das equipes esportivas tradicionais. Quem também anda de olho na expansão do mercado de jogos é o Snapchat, que lançará uma nova plataforma relacionada em abril. O Google também anunciou sua entrada pra valer no mundo dos games. Batizado de Stadia, trata-se de um serviço de jogos oferecido via streaming. Deve estrear primeiro nos Estados Unidos, Canadá e Europa.

Robôs sociais

Que somos monitorados, espionados o tempo todo e, ao mesmo tempo, cercados de nuvens de "suposições" algorítmicas que podem ditar nossas escolhas, isso todo mundo já sabe. Mas você já conseguiu pensar que, justamente por conta dessas escolhas aleatórias de perfil, estes sistemas automáticos podem ser tornar racistas ou até mesmo sexistas? Que as sugestões podem ter um viés absolutamente racial, de gênero ou com restrições socioeconômicas? O El País analisou estas probabilidades por meio de casos reais.

Sul é tech

A Sonda, multinacional chilena de tecnologia, inaugurou em Joinville (SC) esta semana seu primeiro centro de inovação. Trata-se de uma parceria com a Universidade da Região de Joinville (Univille) e o Parque de Inovação Tecnológica de Joinville (Inovaparq). O centro começa com 55 pessoas, sendo 20 estagiários da própria universidade. O objetivo é chegar a 350 profissionais em dois anos. O programa de estágio, aliás, tem duração de 24 meses, com possibilidade de contratação pela Sonda ao final do período.

E você, é real?

Está no ar "Which Face is Real" e, garantimos: dá para perder horas no tal "joguinho". A ideia parece simples: identificar qual rosto é verdadeiro e qual é resultados de algoritmo de aprendizado de máquina, entre os dois apresentados em uma tela grande. O problema: dá pra errar com uma facilidade inacreditável… Pior: estamos, de fato, perdendo aos poucos a nossa capacidade de discernir o que é real e o que é imaginário. Para refletir (e muito!).

Fazendo força

Com alguns anos de atraso, o Press Manager finalmente chega ao mercado prometendo unir jornalistas e assessores de imprensa e facilitar o relacionamento e a comunicação entre as suas partes. O app, que funciona tanto em Android como em iOS, promete acesso mais rápido às fontes e pautas.

In-houses não matam criatividade

A gigante Unilever iniciou o movimento. E, pelo seu tamanho e volume de marcas, era óbvio que o mercado ia olhar com atenção e, porque não, seguir. Ao economizar US$ 500 milhões com a internalização de processos e serviços que antes ficavam nas mãos de agência, ampliou o debate sobre as in-houses. O MediaInsider conta um pouco do que a empresa fez efetivamente, enquanto o MarketingInsider apresenta o que as marcas querem ao construir agências internas.

Fim de uma era

A Ketchum nomeou Caio Bamberg como seu novo executivo-chefe no Brasil, sucedendo a diretora executiva Valeria Perito e a COO Rosana Monteiro, que fundaram o negócio há 32 anos e permanecerão como consultoras da casa. Bamberg foi diretor de operações na Wunderman. Começou sua carreira como codificador técnico, planejador digital e especialista em UX na Ogilvy & Mather e, mais tarde, fundou a agência de publicidade digital Urban Summer Digital Creative.

Sem moral

Menos da metade daqueles que trabalham em equipes criativas internas dizem que o moral de seu grupo é alto, de acordo com pesquisas recentes da InSource e da inMotionNow. O relatório foi baseado em dados de uma pesquisa com mais de 500 pessoas que possuem funções internas de criação ou marketing dentro de suas empresas (70% trabalham em funções criativas, 30% em funções de marketing). Os criativos internos dizem que os principais desafios que enfrentam são a velocidade com que devem trabalhar (os entrevistados dão uma pontuação média de 5,44, sendo 7 o mais desafiador) e o volume de trabalho que devem enfrentar (5,35). 

Nada se cria, se copia?

A agência especializada em mídias sociais Jerry Media está sendo processada. Segundo o AdAge, a ação de violação de direitos autorais e de marca registrada foi apresentado na Corte Distrital do Sul de Nova York por  Olorunfemi Coker. Ele diz que a conta da agência compartilhou um de seus memes originais e o usou para promover a empresa de tequila de Tebele, JAJA. Coker quer US$ 150.000 por danos. Não é a primeira vez. Há um mês a Vulture já alertava para prática semelhantes da agência.

Não sou mais um na multidão

Usar imagens efetivas é essencial para destacar suas postagens de mídia social, mas pode ser difícil garantir que seu visual tenha melhor aparência, com as plataformas alterando regularmente suas diretrizes quanto a tamanhos ideais de exibição e formatos de arquivo aceitos (o Twitter, por exemplo, mudou a maneira como suporta Arquivos PNG no mês passado). Para ajudar a tornar suas imagens sociais melhores, a equipe da Constant Contact reuniu este guia atualizado sobre tamanhos e formatos de imagens, fornecendo insights para todas as principais plataformas (exceto Snapchat) e algumas notas extras para ajudar você a se destacar.

"Eu vi no Facebook, juro!"

O Relatório de Tendências e Tópicos 2019 do Facebook IQ compartilha ideias sobre vários tópicos de conversa que cresceram no Facebook em 2018 e o que eles sugerem que será importante no ano corrente. Ao entender quais tópicos estão em crescimento na plataforma, promete o documento, os profissionais de marketing podem prever possíveis mudanças no mundo ao redor, incluindo alimentos que as pessoas comem,  produtos que compram, mídia que consomem, atividades físicas em que participam e as formas de gastar seu tempo.

Piando alto

O Twitter, que introduziu seu algoritmo de feed em 2016 , é uma dessas plataformas que a gente precisa a dinâmica com detalhes para entender. Neste infográfico, a equipe da Digital Information World forneceu uma visão geral dos elementos de controle de feed do Twitter e os fatores que influenciam onde os tweets aparecem nos fluxos de usuários.

O que você precisa saber sobre tudo, mas não tem coragem de perguntar!

Última semana! Helena Sordili e Eduardo Vasques estarão na ESPM no próximo sábado, 30 de março, tocando um curso avançado de Mídias Sociais - que já é sucesso na casa. Apresentam tendências, dicas de aprimoramento profissional e gestão de negócios, tudo dentro das plataformas digitais. Corre que as vagas estão acabando! Informações aqui.

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