A polêmica (da) Nike




MERCADO - MARKETING E COMUNICAÇÃO DIGITAIS

A polêmica (da) Nike

A gigante de produtos esportivos é conhecida por se envolver em discussões acaloradas. Para celebrar os 30 anos do slogan “Just do it”, além da tenista Serena Williams, a Nike escolheu como garoto-propaganda Colin Kaepernick. O quarterback do futebol americano causou muita controvérsia em 2016, quando ainda jogava no San Francisco 49ers, ao se manifestar durante a execução do hino nacional numa partida. O gesto fazia parte de um protesto sobre a violência policial contra negros nos Estados Unidos, se solidarizando com a campanha “Black Lives Matter”, de combate ao racismo. Está desempregado desde então. Mesmo nesta época em que consumidores cobram posicionamento político e ideológico das empresas, foi uma atitude ousada da marca. Os EUA vivem a polarização causada pela eleição de Donald Trump. Alguns consideram a iniciativa um desastre. E há quem defenda que a campanha se trata de um revisionismo de relações públicas. Segundo o Washington Post, a ação foi calculada e bem estruturada. A Nike viu um aumento de 1.400% de citações nas mídias sociais logo após o lançamento da campanha. O problema é que boa parte das menções estavam relacionadas a um boicote, o que produziu queda no valor das ações da companhia na bolsa de valores americana. A marca pode se tornar uma potência progressista, mas a Fast Company mostra que parece mais do que efetivamente é. Na outra mão, a marca assinou um contrato para se manter como patrocinadora da NFL, a liga de futebol americano que “condenou” Kaepernick, até 2028.

Democracia, um jogo social

Para o americano Siva Vaidhyanathan, as mídias sociais se transformaram em monstros e atrapalham o funcionamento da democracia (via Folha de S.Paulo). Jaron Lanier, pioneiro da internet e da realidade virtual, considera que os benefícios destas redes não compensam os inconvenientes. O assunto é tema também de especial do El País, sobre como a internet não se tornou o lugar diversificado e descentralizado que os gurus prometiam; pelo contrário, experimentou tal processo de concentração. Aliás, Orkut Buyukkokten, criador da plataforma que levava seu nome e fez grande sucesso no Brasil e na Índia, esteve no Brasil na semana passada e admitiu em entrevista ao UOL que as mídias sociais criaram uma geração de pessoas inseguras. Em contrapartida, o The New York Times traz uma provocação interessante para quem pensa que jornalistas não podem mudar o mundo a partir de histórias relatadas no Iraque, na Tailândia e na África do Sul. São reportagens que ajudaram a criar reformas imediatas.

Censura

O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi promulgou lei sobre a regulamentação da imprensa e da mídia que pode afetar diretamente os usuários de redes sociais no Egito. O documento, que prevê multas e penas de prisão, permite ao governo controlar a presença virtual da população. Qualquer cidadão que tenha mais de cinco mil seguidores em blogs, sites pessoais ou mídias sociais, poderá ser vigiado pelas autoridades.

Na mira

Facebook, Google e Twitter são alvo de regulação nos Estados Unidos. O procurador-geral do país se reunirá com promotores estaduais para avaliar se as empresas de tecnologia estão atrapalhando a troca livre de ideias nas redes sociais. Houve bastante ceticismo no Congresso durante as audiências dos gigantes (via IDGNow!). O Digiday também aponta o que podemos aprender com as audiências de Facebook e Twitter.

É hora da imprensa parar de reclamar e começar a lutar

Chuck Todd, editor do The Atlantic e moderador do Meet the Press, aborda um novo tipo de campanha em andamento, que a maioria dos jornalistas nunca publicou, nunca analisou completamente e nunca reconheceu plenamente: a campanha para destruir a legitimidade da mídia norte-americana.

Conteúdo com boas histórias

O Stanford Social Innovation Review traz um especial sobre como contar histórias sobre problemas complexos e envolver os públicos. De acordo com o material, histórias são as ferramentas mais poderosas que temos para aumentar a compreensão e construir o engajamento com questões complexas. As pessoas são muito mais propensas a se lembrar de informações se chegarem a elas na forma de uma história.

Renovada na forma

O Digiday mostra como o The Guardian remodelou seu estúdio de conteúdo para se alinhar mais de perto com o resto da redação, a fim de tornar a produção de sua campanha mais eficiente para se manter competitivo. Quem também vem se reestruturando para uma meta ambiciosa é o Financial Times. O veículo quer que um milhão de assinantes pague pelo seu conteúdo no próximo ano. O jornal londrino tem 930.000 assinantes pagos hoje. Quase 80% desse número são assinantes digitais, enquanto os 190.000 assinantes restantes têm contrato somente para impressão (via MediaPost).

Recuperação

Em entrevista a IstoÉ Dinheiro, Marcos Haaland, presidente do Grupo Abril, fala sobre os fatos que levaram a editora à recuperação judicial e como pretende reerguer a empresa.

Para ajudar a decidir

Se você ainda está no time dos indecisos nas eleições e não conseguiu avaliar o programa de governo dos presidenciáveis, pode consultar o especial do Valor Econômico. No site, é possível analisar e comparar as propostas de cada candidato por temas como saúde, educação, segurança, entre outros. Se as personalidades dos candidatos forem imprescindíveis para sua escolha, a Vice deu uma vasculhada na história política de cada um. Outro tema de destaque é a importância da TV e internet nas campanhas, tratado no Poder360 em artigo de Juliano Spyer.

Dois milhões de reais

Foi o valor gasto por candidatos com o impulsionamento de conteúdos em mídias sociais, segundo informa o Tribunal Superior Eleitoral.

Às compras

O Facebook está desenvolvendo um aplicativo paralelo e independente do Instagram destinado a compras. As especulações apontam que o chamado IG Shopping permitirá que os usuários naveguem por coleções de produtos de marcas que seguem e as comprem diretamente dentro do aplicativo (via TheVerge).

Pagamento no WhatsApp

Pouco mais da metade dos usuários brasileiros de WhatsApp (53%) gostariam de usar o aplicativo de mensagens para realizar pagamentos e transferências bancárias. A descoberta faz parte da nova edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria móvel no Brasil, que entrevistou 1.984 brasileiros que acessam a Internet e possuem telefone celular. A pesquisa tem validade estatística, com grau de confiança de 95% e margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

Dependência

Pesquisa identifica que 40% dos brasileiros são dependentes de smartphones. Os consumidores mostram uma tendência clara para os dispositivos premium, resultando em um aumento no preço médio de venda de quatro por cento (via TI Inside). Outro levantamento, da Pew Research Center, mostra que os adolescentes reconhecem que passam tempo demais no celular (via Super Interessante).

Ainda tem gás

Com a evolução das mídias sociais e aplicativos de mensagens, era natural pensar que o e-mail desapareceria. Mas, segundo a eMarketer, ele ainda tem fôlego e sobrevive. De acordo com uma pesquisa da Adobe feita em junho de 2018 com usuários dos EUA que possuíam smartphones e que trabalhavam em um escritório, o uso de e-mail pessoal aumentou 17% em relação a 2017.

Desconstrução dos influenciadores

Em ação produzida pela Tribal, a Natura uniu youtubers de beleza com influenciadores digitais de outros universos para tentar derrubar preconceitos sobre maquiagem (via Meio & Mensagem).


AGÊNCIAS

Novo líder, restrição e bônus gordo

A WPP confirmou Mark Read como novo CEO. O executivo vinha trabalhando nas operações do grupo juntamente com Andrew Scott desde a saída de Martin Sorrell, em abril. Em seu contrato, porém, o gigante grupo de publicidade estabeleceu algumas regras como cláusula de não-concorrência, diferente do realizado com Sorrell que em julho comprou a produtora MediaMonks de origem holandesa e pode competir diretamente com o WPP (via Holmes Report). Como Read terá salário anual de £ 975.000, bônus anual de até 250% do salário com deferimento obrigatório de pelo menos 40% do bônus em ações por dois anos, um plano de incentivo de longo prazo (LTIP). com prêmio de 350% do salário desempenho medido por desempenho ao longo de um período de cinco anos. Os resultados do primeiro semestre, anunciados logo após a nomeação de Read, são animadores. Houve aumento de 2,4% na receita no segundo trimestre de 2018 na comparação com o mesmo período de 2017 (via Mumbrella Asia).

A apresentação da BCW

A Burson Cohn & Wolfe, resultado da fusão entre Burson-Marsteller e a Cohn & Wolfe, revelou sua identidade expressa em uma nova marca, site corporativo e conjunto de canais de mídias sociais.


TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO

Seleto clube

A Amazon atingiu US$ 1 trilhão de valor de mercado pela primeira vez. O fato acontece cerca de cinco semanas depois da Apple alcançar a mesma marca histórica. Analistas especializados creditam o feito ao portfólio cada vez mais extenso e diverso da companhia. O Recode questiona o que virá depois disso.

Os efeitos

Uma nova pesquisa do McKinsey Global Institute tenta simular o impacto da inteligência artificial na economia mundial, causando transformações sem precedentes na forma como as pessoas vivem e trabalham.

Gravando

Finalmente a Microsoft vai disponibilizar o recurso de gravação de áudio e vídeo para o Skype. Curiosamente, por enquanto, a possibilidade ainda não vai funcionar para o Windows 10.

Quase adolescente

Parece que foi ontem, mas o Google está completando 20 anos de vida e o Chrome chega aos 10 anos de existência. A empresa revolucionou não só o modelo de publicidade, mas a história da internet como um todo (via Fortune).  O navegador, criado foi criado para disputar espaço com o onipresente Internet Explorer, da Microsoft, o Safari, da Apple e o Firefox, da comunidade de código aberto. E os resultados são surpreendentes, como mostra gráfico da Statista.


DOWNLOADS

Crescimento e digitalização das empresas

Além de anunciar recorde de resultados no segundo trimestre - receita cresceu 27% no período, alcançando quase US$ 3,3 bilhões - a Salesforce, em parceria com o IDC, preparou um estudo sobre a digitalização de negócios no Brasil.

Em busca de proteção móvel

A fraude no ecossistema de aplicativos móveis vem crescendo. O relatório “O estado da fraude móvel: primeiro trimestre de 2018”, da AppsFlyer, traz diversas informações sobre este tipo de ameaça.


ARTIGO

Um novo olhar sobre os “escolhidos digitais”

Crises recentes e novas alternativas nos fazem pensar sobre o que aprendemos - e ainda podemos aprender - na escolha de quem vai representar a voz de uma marca, além de quais perguntas devem ser respondidas para atuar com as celebridades do mundo virtual.


INFOGRÁFICO

O universo de mídias sociais

O uso de plataformas digitais permanece em crescimento. Infográfico do Visual Capitalist cria uma visualização das plataformas mais importantes.


Rapidinhas...

… ou o que andamos lendo!