Mentiras no jornalismo, pressão europeia no FB e pedofilia que assombra o YT

Pega na mentira

A alemã Der Spiegel, uma das mais respeitadas e premiadas no mundo, foi pega de calças curtas pelo freelancer Juan Moreno, conta o El País. Ele foi responsável por desmascarar outro jornalista: Claas Relotius, a grande estrela da publicação. Investigações e provas mostram que Class inventava boa parte de suas reportagens, fontes e histórias. Depois disso, a revista publicou uma capa com os dizeres “Diga o que é”. São palavras do fundador da revista, Rudolf Augstein, com extensa reportagem sobre as falhas no processo de checagem e prometendo aprimorar seus sistemas de qualidade. Além disso, as matérias de Class no site da empresa trazem alertas sobre a possibilidade de serem falsas. Não é a primeira vez que uma grande publicação é surpreendida. Em 2017, a BBC foi enganada ao usar fotos em reportagens de um suposto fotógrafo da ONU, pediu desculpas e explicou a história.

Deixa eu testar um negocinho aqui?

O diretor de parcerias de mídia do Facebook, Patrick Walker, anunciou: Reino Unido, Alemanha, Portugal e Espanha serão os próximos "mercados-teste" para a funcionalidade "assinaturas de fãs". As páginas dos Estados Unidos já podem usar essa funcionalidade de patrocínio desde o ano passado. Com o apoio, os donos das páginas recebem um pequeno pagamento mensal em troca de conteúdo exclusivo ou mesmo "crachás" para mostrar o status de apoiador. E este programa de financiamento, estrelado por influenciadores, já está dando o que falar por aí. O Facebook também quer ser mais "amigável" para redes de TV e editoras de mídia digital com programas no Watch. Vai permitir que estes parceiros tenham autonomia para vender anúncios.

Tudo tem limite

Legisladores do Reino Unido trabalham em cima de um relatório que investiga e propõe a intervenção do governo local em todo o ecossistema de mídia digital. Batizado de Cairncross Review, o documento examinou a saúde desses meios de comunicação e de sua publicidade digital. Vai além: recomendou códigos de conduta e de regulação para "governar" as relações entre o Facebook e as autoridades locais. A ideia, inicialmente, é supervisionar os esforços que as empresas fazem para banir notícias falsas e enganosas de suas plataformas. E é bom já ir se previnindo: a primeira-ministra britânica, Theresa May, não só encomendou pessoalmente o estudo como é uma das maiores interessadas nas intervenções. Para ela, "o Facebook não pode mais se autogovernar". O Reino Unido está forçando a plataforma a corrigir falhas que propagam fake news. Pressionado, Mark Zuckerberg aceitou encontro com parlamentares britânicos - que chamam a plataforma de gângster digital - para falar sobre a crise.

De olho em quem está de olho

Para quem deseja dar "aquela espiadinha" no relatório britânico sobre desinformação e notícias falsas, elaborado pela Comissão Digital e de Cultura, Mídia e Esporte, o site do parlamento disponibilizou tudinho. E em PDF.

Pedofilia ameaça YouTube

Depois de Epic Games, Nestlé e Disney tirarem publicidade do YouTube por descobrirem que pedófilos estão usando uma brecha para travar vídeos de crianças e usá-los na sessão de comentários, agora foi a vez de AT&T e Hasbro tirarem os seus anúncios da plataforma. Para a rede CNBC, a operadora disse que retirará suas publicidades até ter a garantia do Google que sua marca será protegida de qualquer conteúdo ofensivo. Já a fabricante de brinquedos disse que tirou seus vídeos publicitários e questionou o YouTube/Google sobre quais ações tomarão para combater esse tipo de ataque. Já o Waze, por sua vez, pretende aumentar a sua plataforma de publicidade, por meio de uma parceria com Google e WPP. E aplicativos criptografados são usados para troca de imagens de abuso infantil.

Cabô

Ainda sobre o gigante, o Facebook retirou das lojas de aplicativos do Google o seu serviço de VPN gratuito, o Onavo (Android). O app deverá continuar funcional para os seus usuários por um curto tempo. Você se lembra? O app em questão foi acusado pela Apple de coletar mais informações do que deveria em 2018, o que violava suas políticas de publicação - e foi retirado da App Store, à época.

Não é mais brinquedo, não

É quase unanimidade: para especialistas, o jornalismo de dados está em franco crescimento e superou expectativas dos descrentes em 2018. Para muitos, inclusive, a questão já é tratada como "mainstream" e "generalizada em todo o mundo". Os projetos de dados colaborativos também estão em ascensão, segundo esta análise - que projeta cenários para 2019 também. O International Center for Journalism (ICFJ), aliás, quer avaliar a evolução do jornalismo diante do universo digital. Está convidando jornalistas do mundo inteiro para pesquisa global para demonstrar como as organizações de notícias estão se adaptando. A iniciativa, uma continuação do primeiro relatório sobre o estado da tecnologia em redações globais em 2017, aprofundará a forma como o setor está usando a tecnologia para combater a desinformação, criar confiança e diversificar as fontes de receita.

Bots "revolucionários"

Após exibição no Festival de Berlin, onde recebeu boas críticas, o filme "Marighella", de Wagner Moura sofreu ataques injustificáveis ao IMDB, o site que organiza informações e avaliações do público de filmes mundiais - um dos mais antigos e populares do mundo. Em uma ação coordenada de direitistas e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, a película recebeu críticas acintosas e seu ranking chegou a 2,9 de 10 estrelas. Isso aconteceu após o discurso de Moura, que homenageou Marielle Franco e disse que sua obra é maior do que o atual chefe de Estado brasileiro. Na manhã seguinte, a plataforma agiu retirando o sistema de classificação do filme, além de apagar comentários mais recentes e ofensivos. Detalhe: estrelado por Seu Jorge, "Marighella" sequer tem data para estrear no Brasil.

Abrindo o bico

No basquete universitário dos Estados Unidos - que é bastante valorizado no país, quase uma prévia da liga profissional para os próximos anos -, uma cena inusitada provocou reações curiosas. A estrela do time do Duke Blue Devils, Zion Williamson, se machucou antes do primeiro minuto de jogo por conta de um rasgo em seu tênis, da marca Nike. Para se ter uma ideia da importância disso, o ex-presidente Barack Obama estava na plateia e os ingressos para ver Duke x North Carolina poderiam custar até US$ 3 mil, para quem quisesse um lugar privilegiado. Resultados finais da partida: R$ 4 bilhões a menos no valor de mercado da Nike, que viu suas ações na Bolsa despencarem no mesmo dia do incidente. Um craque a menos em quadra - Williamson sentiu fortes dores no joelho e não conseguiu retornar ao jogo. E, claro, uma "zoeirinha" discreta da rival Puma - que percebeu o mau gosto a tempo de apagar a "piada". Sobre o estado de saúde do jogador, que é o que interessa, de fato: poupado pela comissão técnica, por enquanto, mas já ansioso para voltar.

Balancê 4G

Pegando carona no trenzinho carnavalesco brasileiro, o Google apresentou novidades para ajudar os foliões a curtir o Carnaval com informações sobre trânsito, blocos de rua, notícias e tendências por meio das ferramentas Google Assistente, Google Notícias, Google Maps e Google Trends. Um dos principais (e ótimos) anúncios é a parceria do Google Assistente (Android, iOS) com a ONG Think Olga, para que mulheres possam denunciar casos de abuso sexual, durante os festejos.

Abalou, sacudiu, balançou

A Fast Company elencou as 50 companhias mais inovadoras em 2018 - ou ainda, as que causaram mais impacto com suas novidades. Chinesas e norte-americanas lideram a lista variada, que abriga desde os já tradicionais aplicativos da NBA até alternativas de crédito e invenções alimentares com o mote "natureba".

Passa no crédito

Atenta ao movimento de queda da compra de smartphones e o imbróglio no mercado chinês, a Apple busca outras alternativas de receita. Segundo o Wall Street Journal, pretende entrar, em parceria com o Goldman Sachs, no mundo dos serviços financeiros com a oferta de cartões de crédito.

Desemprego à vista

A rede social Blind, que anonimamente conecta funcionários a outras pessoas em seus locais de trabalho, fez perguntas a seus usuários na semana passada e quase 9.000 responderam. Uma delas trouxe resultados surpreendentes: você está preocupado com demissões em sua empresa atual? Funcionários da Tesla, eBay, Snapchat são os que mais visualizam a perda de cargos. Já os colaboradores de Google, Facebook e LinkedIn se sentem bastante seguros [via Spectrum].

Ué?

Alta demanda de dados, mais velocidade, mais cobertura. E assim, as operadoras pretendem enxugar seu portfólio de produtos para aumentar a qualidade do 4G. Todo mundo quer ser diferente para atrair o consumidor, certo? Porém, baseadas na queda de 65% nas reclamações de serviços de valor agregado na Anatel, nos últimos dois anos, a ideia é mesmo reduzir essa lista de benefícios. Especialistas das operadoras explicaram o motivo dessa decisão polêmica para o Teletime.

De volta pro meu aconchego

Sim, a Xiaomi está de volta. Não, não nos mesmos moldes. A empresa já planeja uma parceria com a fabricante de eletroeletrônicos mineira DL para importar e homologar seus produtos junto à Anatel. Como é sempre bom refrescar a memória: a chinesa ficou pouco mais de um ano no Brasil, em sua primeira e única passagem pelo país, em 2015. E sua parceria com a Vivo, à época, não teve nenhum impacto positivo para nenhuma das duas empresas… Para esquentar e dar só um gostinho do que vem por aí, a companhia lançou também esta semana o smartphone Mi 9, com câmera tripla e versão transparente com 12 GB de RAM.

Sobe em minha moto

Já tem bicicleta, carro, patinete pra compartilhar por aí. Mas a Riba Share achou que faltava algo mais… eletrizante: a empresa administra o aluguel de scooters por meio de aplicativo (Android e iOS). A companhia diz que os de  quatro a seis quilômetros percorridos por bikes e patinetes podem se transformar em até 30 quilômetros com as pequenas motinhas. E vende o serviço com "a sensação de liberdade e vento batendo no rosto" como uma espécie de valor agregado. Zonas sul e oeste da capital paulista já têm as motocas espalhadas por aí.

Oportunidade

O Programa de Residência do Google para Startups está buscando empresas para trabalhar em parceria. Tem duração de seis meses e oferece suporte para empresas em estágio de crescimento - recursos, especialistas e parceiros globais. De acordo com os organizadores da ação, o objetivo é ajudar no crescimento estratégico dos negócios selecionados - precisam ser inovadores, desenvolver soluções de alto impacto e solucionem problemas reais com o uso da tecnologia.

A grande família

Cresceu ou só atualizou mesmo? A Samsung anunciou oficialmente a chegada da linha Galaxy S10 - o Galaxy S10 padrão, o Galaxy S10+ e o Galaxy S10e, mais modesto e acessível. O “Infinity O”, furo no canto direito superior do painel para abrigar a câmera frontal, introduzido pela Samsung no ano passado, permanece. Novidades mesmo? Conectividade 5G, sensor ultrassônico de digital, memória de até 1 TB, seis câmeras e a funcionalidade de um carregador sem fio que transmite energia para acessórios, como relógios e fones de ouvido compatíveis. No Brasil, desembarcam em 6 de abril. A companhia lançou também esta semana seu primeiro smartphone dobrável, o Galaxy Fold. Fechado, tem uma tela de 4,6 polegadas. Quando aberto, se transforma em um tablet de 7,3 polegadas. O lançamento está previsto para 26 de abril pelo preço inicial de US$ 1.980, com versões 4G e 5G.

Relatório anual

A FSB lançou seu Relatório Anual com os principais dados de desempenho da agência no ano passado. O documento traz detalhes sobre a aliança com Loures, o fortalecimento do sistema de compliance e a reestruturação do quadro de sócios-diretores.

Desce

A Edelman, uma das maiores agências de relações públicas do mundo, reportou em 2018 receitas de US$ 888,4 milhões, representando um declínio de 1,1% em relação ao período anterior, informa o The Holmes Report. Alguns fatores foram decisivos como uma redução do investimento em digital por parte dos clientes, movimentos de internalização de tarefas e a revisão geral da comunicação em grandes grupos, como a Unilever e P&G. Ao mesmo tempo, o grupo de agências de PR do Interpublic, entre elas a Weber Shandwick, demonstrou crescimentos consecutivos.

Sobe

O Meio & Mensagem aponta que a Fbiz foi a agência que mais cresceu sua compra de mídia em 2018, dizem dados da Kantar Ibope Media. Ao todo, 31 agências aumentaram sua compra de mídia no ano passado e nove registraram diminuição, sendo as maiores quedas de Propeg (-52%), Z+ (-23%), Heads (-21%) e Publicis (-19%). O crescimento médio do mercado, pelos cálculos do instituto, foi de 10%.

Casca grossa

Entrevistas com funcionários de nível sênior e de nível júnior, dentro das agências publicitárias, revelam um padrão de assédio moral e verbal constante. Alguns apontam a prevalência do bullying para a cultura de rejeição das agências e o desequilíbrio de poder inerente aos negócios de serviços. O que os executivos recomendam para estes casos? Aceitar...

Poliamor com bacon

Depois da Gillette e sua polêmica sobre masculinidade, foi a vez do Burger King encarar de frente a chamada "onda conservadora" e lançar o filme publicitário "Poliamor" para divulgar o "King em Dobro" - promoção de dois sanduíches pelo preço de um. Um trisal da vida real (dois homens e uma mulher) estrela a propaganda, aumentando a lista de temas contemporâneos trabalhados pelo BK em seus anúncios. A marca foi a primeira a colocar uma drag queen em seus filmes. Apesar do barulho e um milhão de visualizações em apenas dois dias, o BK "apanhou" em seu canal do Youtube, com gente querendo até boicotar a marca. Se este não é o seu caso: quatro sanduíches diferentes do cardápio saem por R$ 15, se comprados em dupla. Vai rolar até um bate-papo com os consumidores esta semana sobre "todas as formas de amor", numa unidade na Avenida Paulista, em São Paulo.

O que você quer saber de verdade?

Relatório da Universidade de Roskilde, na Dinamarca, tentou esclarecer as decisões por trás das preferências dos leitores, à medida em que encontram uma quantidade crescente de conteúdo on e offline em um ambiente de mídia saturado de escolha. A pesquisa descobriu que, embora a mídia digital forneça uma imensa quantidade de dados sobre as preferências de notícias do público, isso nos diz pouco sobre por que os leitores fazem as escolhas que fazem. A pesquisa conclui que o fator chave na determinação das preferências de notícias é relevante para o dia a dia dos leitores. Dá para fazer o download aqui.

Digital na casa dos tri

Até 2025, seremos 100 bilhões de conectados em 40 bilhões de dispositivos inteligentes, espalhados pelo mundo. Aos poucos, o mundo digital se fará presente para todos e isso causará um impacto ainda difícil de ser calculado. Virá também, junto a essas mudanças, uma economia digital avaliada em US$ 23 trilhões. Esse é o cenário previsto pela pesquisa Global Industry Vision (GIV) 2025, feita pela Huawei.

Tendências do e-commerce

Como quase três bilhões de pessoas em todo o mundo estão comprando e vendendo on-line? As principais tendências são exploradas no relatório de 2019, de Simon Kemp, fornecido pelo Hootsuite.

Social por indústria

A equipe da Rival IQ montou um novo relatório de benchmark de desempenho em mídias sociais que não apenas analisa as tendências gerais, plataforma por plataforma, mas também comportamentos específicos por segmentos de indústria.

Conteúdo a serviço do marketing

Preparar os profissionais de marketing, publicidade, comunicação e negócios para atuar dentro dos novos contextos comunicação e relacionamento com seus públicos, em que conteúdo é cada vez mais o ponto focal. Este é o objetivo do curso Estratégias de Conteúdo para Marcas: técnicas do jornalismo e do entretenimento a serviço do marketing, realizado no próximo.

ou o que andamos lendo!

• Rede social surge como a quinta esfera de poder na nova política do país;
• Os vencedores do Innovation SABRE Awards 2019 na América do Norte;
• O novo produto do TikTok, que direciona o usuário para o site do anunciante;;
• Nielsen compra Sorenson e acelera negócios de anúncios;
• WhatsApp Corporativo já tem mais de 200 projetos em apenas seis meses;
• Pinterest submete papelada para IPO;
• As assinaturas de revista na plataforma do Medium;
• Australianos poderão incluir emojis em placas de carro, a partir de março;
• PagSeguro cresce 48% e chega a 4,1 milhões de comerciantes ativos;
• Felipe Moura Brasil na Jovem Pan e Rogerio Gallo na Record.